O Museu Casa Alfredo Andersen recebeu nesta semana a fotógrafa, artista visual e arquiteta Heloisa Vecchio para o projeto de residência artística no Ateliê, espaço anexo ao museu que já recebeu diferentes artistas do mundo em períodos de produção “in loco”. Durante 40 dias, o objetivo principal dela é produzir diariamente retratos de artistas paranaenses, buscando criar um patrimônio visual com registros de personalidades emblemáticas da cena das artes visuais do Paraná, além dos estudos que dialogam com o museu e a história de Alfredo Andersen.
“Nosso intuito é criar um histórico com memórias, onde possamos mostrar que na arte existem pessoas de carne e osso, com histórias, emoções e processos, observando ainda que os caminhos trilhados demonstram e evidenciam a riqueza de suas criações", ressaltou a artista, que assume a iniciativa de representar a diversidade de idades, linguagens e etnias, dando início às sessões fotográficas com os artistas Rogério Dias, Alfi Vivern e Leopoldino de Abreu.
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Natural de Cascavel, Oeste do Estado, Vecchio começou o interesse na fotografia ainda adolescente, tirando retratos de amigos com uma cybershot cor-de-rosa (câmara digital), e assumiu a carreira em 2018 com autorretratos, ensaios, eventos, cursos e mentorias. Hoje, referencia seu trabalho como “foto-poesia”, termo que carrega a história, sensibilidade e paciência dos processos fotográficos analógicos, técnica utilizada no projeto de residência e preferência da artista por valorizar as texturas, a luz e sombra, e ainda trazer surpresas no resultado.
“O processo de espera na tecnologia analógica nos ensina a respeitar o tempo da fotografia, ao contrário da velocidade digital presente nos celulares. Às vezes, fotografo algo e, quando vejo a imagem revelada, ela adquire um novo significado, como se tivesse mudado no intervalo de tempo entre o clique e a revelação", diz.
Com formação em Arquitetura e Urbanismo, Heloisa une a linguagem arquitetônica ao seu trabalho fotográfico ao explorar composições que refletem a relação entre corpo e espaço, seja ele natural ou um cenário montado. Essa experiência proporciona também um olhar focado na composição, luz e sombra, fatores determinantes para as fotografias, criando contrastes intensos ou suaves. No projeto de residência artística, ela prepara o ateliê para o uso dramático da luz e sombra, inspirada em cenas barrocas e renascentistas.
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Esta residência artística promete não apenas criar um patrimônio visual dos artistas paranaenses, mas também despertar conexões por meio da fotografia e da fusão entre o corpo humano e o espaço do museu, com a produção de artista para artista. Para mais detalhes, o público pode acompanhar novidades, relatos e os bastidores visitando as redes sociais do Museu Casa Alfredo Andersen por meio do Instagram e Facebook .
SOBRE O MUSEU- Museu Casa Alfredo Andersen, localizado em Curitiba, é uma instituição que preserva e difunde a obra do pintor norueguês Alfredo Andersen (1860-1935), considerado o pai da arte paranaense. Abrigado pela antiga casa do pintor, o museu possui um acervo composto por diversas obras de Andersen e também abriga exposições temporárias de artistas contemporâneos, promovendo o diálogo entre diferentes expressões artísticas.