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Carros elétricos são prioridade para transição energética
Governo quer tornar país grande centro produtor de baterias de lítio
14/06/2023 16h40
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O desenvolvimento de uma indústria voltada à produção de carros elétricos é uma das prioridades do governo federal. Para viabilizar a fabricação e a comercialização desse tipo de veículo, as autoridades do setor pretendem fazerdo paísum grande centro produtor de baterias de lítio.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (14) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a abertura do evento Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil, promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em Brasília.

Um dos componentes mais caros dos veículos automotivos elétricos é a bateria, que pode ser de lítio, substância bastante encontrada em território nacional.

“Temos desenvolvido a cadeia de produção do lítio, fundamental para a eletrificação da frota. Tornaremos o nosso país umhubpara a produção de baterias, com geração de emprego e renda para nossa população, comono Vale do Jequitinhonha [MG]”, disse Alexandre Silveira ao citar a mobilidade elétrica como uma das principais frentes para descarbonizar os transportes.

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Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na abertura do evento -Marcelo Camargo/Agência Brasil

Vantagem competitiva

Segundo ele, o país já domina a tecnologia voltada à produção desse tipo de bateria, mas precisa agora garantir escala para se tornar mais competitivo, tornando esta uma “realidade acessível” à população. “Mas quero ressaltar: faremos tudo isso sem esquecer dos biocombustíveis”, acrescentou.

"Brasil tem compromisso claro com a transição energética", diz ministro -Marcelo Camargo/Agência Brasil

Silveira reiterou que o Brasil tem “compromisso claro” com a transição energética e com a redução do carbono na matriz de transportes, além de se destacar por 88% de sua matriz elétrica ser de fontes limpas.

“Temos uma vantagem competitiva grande nesse setor, que já é responsável pela descarbonização de parte significativa da nossa matriz de transportes leve, com o etanol. Mas queremos mais. Queremos mais tecnologia nos nossos biocombustíveis; mais eficiência; mais produtividade no campo; mais sustentabilidade da cadeia. Tudo isso vai garantir geração de emprego e renda, menor preço ao consumidor e diminuição da pegada de carbono”, argumentou.

Veículos elétricos e híbridos expostos no evento Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil. -Marcelo Camargo/Agência Brasil

PL dos Combustíveis do Futuro

De acordo com o ministro, todas essas questões foram levadas em conta para a formulação do chamado PL dos Combustíveis do Futuroque, segundo ele, está em fase final de aprimoramento pela Casa Civil após larga discussão com diversos atores do segmento produtivo da indústria automotiva.

“Com isso, vamos destravar também novas possibilidades para os setores de aviação e de transporte terrestre”, complementou, ao lembrar da importância do setor automotivo para a economia, por meio de cadeias produtivas vinculadas, gerando ainda mais emprego e renda no país.

As ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo federal, segundo ele, permitirá ao Brasil ser “protagonista” no crescimento de uma economia verde.

“Estamos também trabalhando em políticas que viabilizem o desenvolvimento da cadeia produtiva dos minerais estratégicos e necessários para os veículos elétricos, investindo em pesquisa mineral no desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva”, complementou.

Durante o evento Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil, autoridades e empresários participam de diversos painéis sobre experiências internacionais voltadas a mobilidade elétrica veicular; produção local de veículos elétricos e baterias; cadeia de fornecimento de peças; componentes e tecnologia; infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia; e novas tecnologias e materiais usados na eletrificação.

Veículos elétricos e híbridos expostos no evento Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil -Marcelo Camargo/Agência Brasil