Segundo dados do Governo Federal, 30 milhões de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vão receber o repasse do abono anual em duas parcelas, nos meses de maio e junho. A medida recebeu a assinatura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 4 de maio. O decreto antecipa o “décimo terceiro”, como o benefício é conhecido, dos beneficiários da Previdência Social.
Têm direito ao abono os segurados e dependentes da Previdência Social que, ao longo do presente ano, tenham recebido aposentadoria, auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-reclusão ou pensão por morte. A oficialização da medida foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) do último dia 5.
Todos os anos, o décimo terceiro salário é pago no segundo semestre, em agosto e novembro. A antecipação do abono atinge todos os estados e, em 2023, demandará o investimento total de R$ 62,6 bilhões.
Ainda de acordo com dados da Previdência Social, R$ 17,7 bilhões em recursos, São Paulo é o estado que receberá o maior repasse para pagamento do benefício considerando os dois meses de pagamento. Em seguida, vem Minas Gerais (R$ 6,9 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 6 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 5 bilhões), Paraná (R$ 3,67 bilhões) e Bahia (R$ 3,6 bilhões).
No dia 25 de junho, começaram a receber os beneficiários que recebem 1 salário mínimo. Para quem tiver acesso à quantia nesta data, a segunda parcela será depositada no dia 26 de junho. Para os segurados que recebem mais do que 1 salário mínimo, por sua vez, a primeira parcela foi depositada em 1° de junho. Para estes, a segunda parcela será depositada no dia 3 de julho.
João Adolfo de Souza, proprietário da João Financeira - portal de notícias focado em informações para beneficiários do INSS - destaca que a antecipação do 13º salário é importante para aposentados e pensionistas do INSS e para a economia de modo geral.
“Mais uma vez, a antecipação deve ajudar a aquecer a economia e, principalmente, vai ajudar os beneficiários do INSS que, com um dinheiro ‘extra’, poderão quitar suas despesas e ter um respiro nesse meio de ano”, afirma.
Souza ressalta que, no fim do ano passado, não houve abono extra, já que o benefício também foi antecipado na metade do ano. “Essas medidas ajudam os beneficiários, mas dão margem para um novo problema, o fim de ano. A partir daí, começa uma luta para buscar novos benefícios para a reta final do ano aos beneficiários do INSS”, observa.
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