Segundo o relatório da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor de exportação da indústria de máquinas e equipamentos superou US$ 1 bilhão em fevereiro de 2023. Ainda segundo os dados informados, essas quantias estão mais habituais, somente em 2022 ocorreram oito meses em que as exportações registraram desempenhos comparáveis. Esse desfecho fortalece a fase favorável experimentada pela divisão exportadora da indústria de maquinários e dispositivos, resultados dessa mesma escala só haviam sido vistos anteriormente em 2012. Essa tendência ascendente não se restringe aos valores financeiros, e também se manifesta ao analisarmos o volume de bens exportados.
Apesar dos valores em exportações alcançados pela indústria de máquinas e equipamentos a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou informações que indicam uma redução de 7,8% na receita líquida de vendas da indústria nacional de máquinas e equipamentos em fevereiro deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. O montante de vendas registrado foi de R$ 21,76 bilhões, representando a nona diminuição consecutiva nesse ramo. No acumulado do primeiro bimestre, o setor registrou uma queda de 7,1%. No entanto, em relação ao mês anterior, ocorreu um aumento de 7%.
Mesmo considerando o desempenho do primeiro bimestre, as previsões para 2023 no ramo de comercialização de máquinas e equipamentos destinados à construção são positivas. A análise sobre o setor de locação e venda de dispositivos para a construção civil demonstrou que esse segmento está experimentando um momento de recuperação e crescimento, com potencial de aumento nas vendas em 2023. O 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Dispositivos para Construção, conduzido pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), estipula que as vendas em 2023 terão um incremento de aproximadamente 4% tanto para o ramo de máquinas de cor amarela como para todo o setor de equipamentos voltados à construção.
Com relação ao ano anterior, principalmente a partir do segundo semestre, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) já havia revisado a sua perspectiva de crescimento da construção civil para 2022. A projeção já havia sido alterada para 3,5%. Sendo em 2022 o segundo ano consecutivo de crescimento do setor superior ao da economia nacional. Um ponto informado sobre a indústria da construção foi o da redução de custos. Sobre custos de mão de obra e matéria-prima, dados publicados pela FGV sobre o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) mostraram que os números fecharam no ano de 2022 com alta de 9,40%, menor que os 13,84% registrados no ano anterior.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos para construção civil Trans Obra, afirma que o setor de exportação tem capacidade de alavancar os resultados das empresas do setor mesmo com os números totais da indústria de máquinas e equipamentos terem ficado abaixo nesse início de ano se comparado com o primeiro bimestre de 2022. “Acreditamos que o momento é de planejamento para os próximos meses pois o setor de exportação tem contribuído para que os números do primeiro bimestre não tragam impactos negativos naquilo que já foi planejado no final do ano anterior quanto ao oferecimento de recursos em máquinas e equipamentos para indústria da construção civil e até mesmo o agronegócio. As empresas devem estar preparadas para oferecer todo o suporte que a indústria precisa a qualquer momento e com equipamentos, máquinas ou peças variadas dando opções de qualidade para o alcance dos resultados esperados em todo o setor. Desde máquinas da linha amarela, grandes equipamentos até mesmo pequenas peças como no aluguel de bombas de água, alisadoras, politriz, mangotes e betoneiras”.
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