O setor de vestuário é um dos mais poluentes em emissões de dióxido de carbono (CO2), alerta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Atualmente, a média de consumo de roupas por pessoa é 60% maior que 15 anos atrás, uma vez que cada peça dura a metade do tempo em comparação com o passado.
A organização sem fins lucrativos Global Fashion Agenda também classifica a indústria da moda como a segunda mais poluidora do mundo, ficando atrás apenas da petrolífera, dado que mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartadas nos últimos anos. Para os próximos oito anos, essa projeção deve saltar para 140 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 60%.
A Organização das Nações Unidas (ONU) ressalta que a produção de roupas gera entre 2% a 8% do volume global de emissões de carbono e adianta que o tingimento têxtil é o maior poluidor de fontes de água globalmente. Com isso, o apelo das agências internacionais é para a adoção, tanto das empresas relacionadas ao ramo quanto dos consumidores, de iniciativas sustentáveis, como a moda circular, quando peças e acessórios são recuperados e reutilizados.
Para Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Instiute (LAQI), os líderes empresariais ligados aos setores da moda e vestuários precisam ampliar as visões quanto às realidades que trazem impactos ao planeta e à sociedade. Ele destaca, ainda, que a busca por novos conhecimentos deve ser uma tônica no mundo corporativo.
“O poder está nas mãos dos consumidores. Por isso, torna-se importante, por parte das empresas, a procura por novas técnicas e práticas, principalmente as que se voltam à qualidade e à adoção de iniciativas ESG, uma vez que a visão do público muda com celeridade e está, cada vez mais, atenta à sustentabilidade”, finaliza.
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