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Erdogan toma posse para novo mandato e promete buscar união na Turquia
Reeleito para 5 anos, ele estende seu governo a uma terceira década
03/06/2023 16h50
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O presidente turco, Tayyip Erdogan, foi empossado para um novo mandato presidencial neste sábado (3), após vencer a reeleição no último fim de semana, estendendo seu governo para uma terceira década.

“Eu, como presidente, juro pela minha honra e integridade, diante da grande nação e história turcas, que protegerei a existência e independência do nosso Estado”, disse Erdogan, durante uma cerimônia no Parlamento em Ancara, transmitida ao vivo.

Líder mais longevo da Turquia, Erdogan levou 52,2% dos votos no segundo turno realizado em 28 de maio. A sua vitória eleitoral desafiou a maioria das pesquisas de opinião e aconteceu apesar de uma crise de custo de vida que parecia ter prejudicado suas perspectivas.

O novo mandato de cinco anos permite que Erdogan prossiga com políticas cada vez mais autoritárias que polarizaram o país – membro da Organização do Tratado do Atlêntico Norte (Otan) –, mas fortaleceram sua posição como potência militar regional.

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Mais tarde, no palácio presidencial, Erdogan adotou um tom conciliatório. "Vamos abraçar todos os 85 milhões de pessoas, independentemente de suas opiniões políticas. Vamos deixar de lado o ressentimento do período eleitoral. Vamos procurar maneiras de reconciliar", afirmou.

Erdogan nomeará seu novo ministério ainda neste sábado e deve sinalizar uma mudança em sua abordagem pouco ortodoxa à política econômica.

Ele deve incluir o ex-ministro das Finanças, Mehmet Simsek, segundo a Reuters publicou mais cedo nesta semana, o que indicaria um potencial retorno a uma ortodoxia econômica maior, incluindo possíveis aumentos da taxa de juros.

Simsek era bem cotado pelos investidores quando foi ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro entre 2009 e 2018. Um papel chave para ele poderia marcar um afastamento de anos de manutenção de baixas taxas de juro, apesar da alta inflação, e controle forte do Estado aos mercados.