Com investimento do Banco do Agricultor Paranaense, programa do governo estadual viabilizado com apoio da Fomento Paraná e Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica de Colombo (COAOPA), na Região Metropolitana de Curitiba, ampliou a sua Central de Distribuição de Alimentos, por onde são comercializados de 35 a 40 toneladas de alimentos por semana.
As melhorias estruturais do financiamento foram realizadas na área destinada a carga e descarga, com a instalação de uma câmara fria, e também na sala da administração, permitindo um suporte mais robusto à cadeia de produção dos seus 377 cooperados. A modernização ajuda a fazer com que frutas, verduras, hortaliças, sucos e processados orgânicos cheguem a mais cantos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são os estados atendidos.
Por meio do programa, na linha de apoio a cooperativas de produção, de comercialização e de reciclagem e as associações regularmente constituídas, aCOAOPA captou os recursos no BRDE e o Governo do Estado, via Fomento Paraná, apoia no abatimento da taxa de juros do contrato.
Para o presidente da COAOPA, Luciano Esche, o programa do Governo do Paraná é fundamental para permitir esse investimento na cooperativa. “O programa contribuiu para nosso acesso ao financiamento, com uma redução nos juros no crédito e, com isso, foi possível ampliar a Central de Distribuição dos Alimentos que temos em Colombo”, explica.
Além da reforma na sua central, o COAOPA já tem planos de fazer um novo investimento contando novamente com subsídio do Banco do Agricultor para um projeto voltado à geração de energia renovável, um dos grandes motes do programa, que trabalha em parceria com o IDR-Paraná dentro do escopo do RenovaPR.
“Nós temos uma rede de placas fotovoltaicas na sede da cooperativa e estamos trabalhando em um projeto de instalação de uma usina de geração elétrica para os nossos agricultores. Ainda são apenas estudos, mas temos essa intenção”, conta o presidente da cooperativa.
De acordo com presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, investimentos dessa natureza são parte da história do banco. “Este tipo de financiamento faz parte da vocação do BRDE, está aderente à nossa missão como banco de desenvolvimento, já que nossa atuação não é só com os agricultores individualmente, os pequenos agricultores e os agricultores familiares, mas também através dos projetos das cooperativas”, ressalta.
Este é um dos cerca de mil casos em que o BRDE aportou recursos para investimentos em diversas áreas voltadas à agricultura dentro do programa, gerando R$ 170 milhões em contratos desde o começo. Somente em 2023, foram quase R$ 6 milhões liberados. Em 2022, cerca de R$ 125 milhões. Os projetos com maior número de financiamentos são os de energia solar – 78% das liberações –, seguido da pecuária de leite, (15%) e biomassa (2%), além de outros que inovam e potencializam o trabalho nos campos paranaenses.
Para a gerente adjunta operacional do BRDE, Carmem Rodrigues Truite, os financiamentos na área de energias renováveis reforçam ainda mais a identidade do BRDE como Banco Verde. "Por toda sua história, o banco não se importa apenas com questões como regularidade tributária ou capacidade de pagamento, mas também com a regularidade ambiental dos projetos e por sua sustentabilidade”, disse.
BANCO DO AGRICULTOR–O Banco do Agricultor Paranaense é uma política pública de estímulo ao setor lançada pelo Governo do Estado em 2021 e que tem como objetivo equalizar as taxas de juro, que são subsidiadas pelo Estado (parcial ou integralmente), junto a bancos credenciados, por meio da Fomento Paraná. Desde o começo, o programa já viabilizou R$ 577 milhões em novos investimentos, a maioria em energia renovável.
O objetivo do programa é gerar empregos no campo, estimular a adoção de novas tecnologias, apoiar a implantação de projetos energéticos e melhorar a competitividade do setor agropecuário, da agroindústria familiar às grandes cooperativas.
“O Estado entende que esse programa é importante para propiciar que o agricultor melhore os processos produtivos, tenha menores custos na propriedade e, assim, aumente a escala e a eficiência, apropriando-se de todas as vantagens que um bom investimento traz”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
“Em razão disso, desde que o programa iniciou, o governo nunca deixou de colocar recursos no Fundo de Desenvolvimento Econômico, administrado pela Fomento Paraná, com vistas a facilitar o aceite dos projetos pelas instituições financeiras, que são parceiras do negócio”, complementou.