Neste sábado (27), o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, anunciou, durante uma conferência com ministros do Transporte de vários países, o projeto rodoviário "Rota do Desenvolvimento" para ligar Europa e Oriente Médio.
Na conferência – com a presença de ministros do Irã, Jordânia, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita, Síria, Turquia e Emirados Árabes Unidos –, Sudani declarou que o valor do ambicioso projeto será de US$ 17 bilhões (R$ 84,9 bilhões), e a rota abrangerá toda a extensão do país, estendendo-se por 1.200 quilômetros desde a fronteira norte com a Turquia até o Golfo no sul. "Vemos este projeto como um pilar de uma economia não petrolífera sustentável, um elo que serve os vizinhos do Iraque e a região e uma contribuição aos esforços de integração econômica", disse Sudani citado pelo canal France 24.
O comitê de transporte do parlamento iraquiano acrescentou que, embora sejam necessárias mais discussões, qualquer país que desejar "poderá realizar parte do projeto", e que a meta é que tudo esteja construído entre "três a cinco anos", relata a mídia.
"A Rota do Desenvolvimento aumentará a interdependência entre os países da região", disse o embaixador da Turquia em Bagdá, Ali Riza Guney, sem dar detalhes sobre o papel que seu país desempenhará no planejamento.
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O projeto também inclui a construção de cerca de 15 estações de trem ao longo da rota, incluindo nas principais cidades de Basra, Bagdá e Mosul, chegando até a fronteira turca.
O desenvolvimento do corredor rodoviário e ferroviário permitiria ao Iraque capitalizar sua posição geográfica, com o objetivo de tornar o país um centro de transporte de mercadorias e pessoas que se deslocam entre o Golfo, a Turquia e a Europa.