Somente um terço das empresas mensura a inclusão. A afirmação é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que associa as formas de integração a mais inovação, produtividade e desempenho, recrutamento e bem-estar da força de trabalho.
Dados da organização internacional mostram que 92% dos funcionários em posições mais altas se sentem incluídos. Esse índice cai para 76% no caso de colaboradores em cargos inferiores. Com isso, a OIT ressalta que o sentimento de inclusão no ambiente de trabalho está mais associado à senioridade do que características como idade, sexo ou etnia, raça e religião.
Ainda de acordo com a OIT, as pessoas com deficiências representam 15% da população mundial. Destas, 80% estão em idade permitida para o trabalho, contudo o direito delas ao trabalho decente é negado.
Dessa forma, a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), Pacto Global, chama a atenção para a observação das empresas quanto aos princípios que envolvem os direitos humanos e condições de trabalho. Para tanto, ressalta ser um caminho seguro às corporações respeitar e apoiar os direitos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência e assegurar a não participação da organização em violações dessas diretrizes.
Já o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, enfatiza que a inclusão é um dos pontos que diferencia uma empresa na visão dos stakeholders e do público em geral. Ele afirma que, cada vez mais, o público está atento a todo o processo que envolve a entrega de um produto ou serviço.
“Hoje, fala-se muito no termo Capitalismo de Stakeholders, quando as empresas procuram criar valor a longo prazo, considerando todas as partes envolvidas, assim como o bem-estar social. Com base nisso, fica muito clara a necessidade de as organizações se voltarem à capacitação, conhecimento e implementações ligadas aos mais diferentes campos, como intelectual, cultural, social, ética, e nisso, sem dúvidas, destaca-se a importância da inclusão”, finaliza.