A tabela Fipe é a referência quando o consumidor quer saber o preço médio de mercado de um carro usado. Atualizada mensalmente, essa ferramenta é consultada por milhões de brasileiros.
O comércio de carros usados está em franca ascensão no mercado brasileiro, isso se deve principalmente ao fato do aumento do carro 0 km nos últimos três anos, onde alguns modelos tiveram aumento na ordem de 40% em apenas três anos, conforme afirmam especialistas ligados ao setor. Esse aumento no preço do automóvel 0 km faz com que grande parte dos consumidores optem por um carro de segunda mão, já que esse possui um preço mais vantajoso em relação ao carro 0 km.
Outro fator que favorece o mercado de carros usados, de acordo com especialistas, é que um grupo de compradores prefere comprar um automóvel com alguns anos de uso ao invés de um carro 0 km do mesmo valor. A vantagem desse tipo de negociação, segundo pessoas ligadas ao setor, é que o consumidor leva para casa um carro seminovo com motor mais potente e bem mais equipado em relação ao modelo 0 km de mesmo preço.
Uma das grandes preocupações do consumidor ao adquirir um carro usado é saber o preço real de um determinado modelo. É aí que entra a tabela Fipe, que por anos é referência quando se busca uma informação sobre o preço de determinada marca e modelo de veículo. O preço dos carros fornecido pela tabela pode ser consultado na Fipe Nacional, site atualizado mensalmente e que fornece o preço da Fipe de todas as marcas, modelos e versões de automóveis vendidos no Brasil. Também é possível consultar ali o preço das motos e veículos pesados.
A tabela é publicada e atualizada mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica, onde todo mês uma equipe de pesquisadores faz uma ampla pesquisa de mercado para levantar o preço de todos os carros usados no Brasil. A pesquisa é tão ampla que engloba todos os modelos e diferentes versões de cada carro vendido no Brasil, isso vale tanto para marcas que fabricam os carros no país como também modelos importados, inclusive versões com poucas unidades comercializadas no Brasil, como as versões top de linha de marcas de luxo e esportivas, entre elas a BMW, Mercedes Benz, Porsche e, até mesmo, Ferrari.
Conforme especialistas, os valores fornecidos pela Fipe também servem como parâmetro para as seguradoras em caso de sinistro de um automóvel que possui seguro. Algumas seguradoras, inclusive, oferecem a opção de cotar o seguro com um valor acima da tabela. Uma prática comum, neste sentido, é a cotação de 10% acima do valor.
Naturalmente, não é só o preço que importa na compra de um veículo de segunda mão. É de fundamental importância o modelo estar com sua manutenção em dia. Segundo relatos de quem atua no setor, existem basicamente duas formas para saber o real estado de conservação de um veículo usado.
“Quando o carro possui poucos anos de uso (menos de 5 anos, por exemplo) muitos clientes fazem todas as manutenções periódicas diretamente nas concessionárias credenciadas pelo fabricante”, destacam especialistas. “Como essa manutenção ocorre a cada 10 mil km rodados ou no prazo de 12 meses isso garante uma manutenção coerente com o uso do carro, e nesse caso o vendedor do veículo consegue comprovar através de nota fiscal a manutenção de seu bem“, complementam.
Já para modelos que não possuem passagem por concessionárias credenciadas, a opção é levar o automóvel para um mecânico de confiança, onde um especialista consegue detectar se o carro possui problemas crônicos, já sofreu uma batida que afetou a estrutura e se a quilometragem mostrada no hodômetro corresponde a quilometragem real do veículo, já que é uma prática de algumas pessoas adulterarem essa informação.
Não menos importante, conforme pessoas ligadas ao setor, é a contratação de uma empresa que forneça um laudo cautelar. Esse tipo de empresa faz uma ampla pesquisa pela placa do veículo e consulta informações como multas pendentes, eventual sinistro em seguradoras ou até mesmo pendencias judiciais.
De acordo com especialistas, o mercado nacional para o comércio de veículos usados sempre foi de grande importância na economia. “Milhares de revendas comercializam centenas de milhares de carros todo mês no Brasil a fora, já que é normal que o consumidor que possui um carro vá planejar adquirir um modelo mais novo (ou um veículo de uma categoria superior) com o passar do tempo”, afirmam especialistas. “Até mesmo quem compra um carro 0 km também costuma dar o veículo usado como troca”, complementam.
A compra de um carro usado pode ser feita basicamente de três diferentes formas. A mais usual é o cliente dar uma entrada do carro que pretende comprar (essa entrada pode ser seu veículo atual) e financiar o restante através do seu banco ou uma financeira parceira da revenda. Outra opção de compra para carros usados é a modalidade do sistema de consórcio, inclusive a grande maioria das administradoras de consórcio permite a compra de automóveis de segunda mão. A procura pelo consórcio costuma ser maior em épocas em que a taxa de juros para financiamentos aumenta.
Por último, uma pequena parcela da população brasileira opta em comprar o carro à vista, sem depender de financiamento ou consórcio. Naturalmente essa opção requer um planejamento financeiro e é a alternativa onde o cliente possui um melhor retorno financeiro, já que se livra do pagamento de taxas e juros.
Contatos: www.fipenacional.com.br
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