A independência financeira é um aspecto fundamental na vida das mulheres empreendedoras no Brasil. De acordo com pesquisa da Serasa Experian de 2022, 40% das empreendedoras brasileiras iniciaram seus negócios visando alcançar a independência financeira. Isso não é surpreendente, já que o dinheiro é um fator determinante para a realização de projetos pessoais e profissionais. Ter controle sobre suas finanças é sinônimo de liberdade em todos os quesitos da vida, possibilitando a tomada de decisões que vão além da esfera financeira.
Apesar do desejo de independência financeira ser um forte motivador para mulheres empreendedoras no Brasil, a jornada do empreendedorismo nem sempre é fácil. Ainda segundo a pesquisa da Serasa Experian, 41% das donas de seus próprios negócios relataram ter enfrentado preconceito de fornecedores, parceiros e clientes. Além disso, a dupla jornada de trabalho também é um desafio para muitas, que precisam conciliar as tarefas do trabalho e da vida pessoal. Outro dado relevante é que 37% delas alegaram a sensação de ter menos oportunidades do que os homens no mercado de trabalho, mostrando que ainda há um longo caminho a ser percorrido em termos de igualdade de gênero.
“A independência financeira é uma questão crucial para as mulheres no Brasil e no mundo, pois ela representa muito mais do que apenas dinheiro no bolso. Ter controle sobre suas finanças é sinônimo de liberdade e autonomia em todos os aspectos da vida. Infelizmente, quando uma mulher não tem controle sobre suas finanças, ela fica mais vulnerável a situações de violência e abuso, o que reforça a importância de promover essa conquista. É necessário que elas tenham acesso à informação e ao conhecimento financeiro para poder tomar suas próprias decisões e não precisar depender de ninguém para garantir sua segurança e bem-estar.” Afirma a empreendedora e especialista em Gestão e Resultados de Alta Performance com foco em Consultoria Financeira para mulheres, Riane Padilha.
Além dos desafios enfrentados no mundo empresarial, as mulheres ainda enfrentam uma carga desproporcional de trabalho doméstico não remunerado. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, a média semanal de horas dedicadas aos afazeres domésticos e ao cuidado de pessoas era de 21,4 horas para as mulheres, quase o dobro das 11 horas dedicadas pelos homens. Essa sobrecarga de trabalho doméstico pode afetar diretamente a capacidade das mulheres de se dedicarem integralmente a outras atividades profissionais e, consequentemente, afetar sua independência financeira.
“Quando as mulheres assumem o controle de suas finanças, elas podem transformar suas vidas e o mundo ao seu redor, promovendo a igualdade e a justiça social. Não é um caminho fácil, mas aos poucos vamos conquistando nosso espaço”, reafirma a especialista em finanças Riane Padilha.
Mais informações: https://rianepadilha.com.br/
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