O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Melnyk, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o Brasil poderá “realizar um importante papel para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa”. Melnyk se reuniu, em Kiev, com o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.
Happy to meet Chief Advisor of Brazilian President Lula da Silva @LulaOficial H.E. Minister Amb. Celso Amorim. Brazil can play an important role to stop Russian aggression & reach a lasting & just peace. We also strive to reinvigorate a ????????????????2009 Strategic Partnership. Obrigado???????? pic.twitter.com/VqTECq0jZQ
— Andrij Melnyk (@MelnykAndrij) May 10, 2023
De acordo como governo brasileiro, o objetivo do encontro era que o ex-chanceler brasileiro ouvisse de representantes ucranianos quais são as principais exigências para poder dar início a negociações de paz que possam encerrar o conflito com a Rússia, que começou em fevereiro de 2022.
Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil "está fazendo um esforço muito grande" para constituir um grupo de países , entre eles China e Índia, para negociar acordo de paz.
"Acho que a hora é de diplomacia, não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a invasão territorial da Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte", disse Lula nesta terça-feira (9), após encontro com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, em Brasília.
Celso Amorim esteve em Moscou, capital da Rússia, no início de abril, para uma conversa com o presidente Vladimir Putin. Depois da viagem do presidente Lula à China, na semana seguinte, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, veio ao Brasil.
"Espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra", afirmou o presidente brasileiro na terça-feira.
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