Uma jovem psicóloga vinha sendo mantida em cárcere privado em uma residência no Jardim Canadá, em Goioerê.
A situação veio à tona, quando a jovem enviou uma mensagem com pedido de socorro a um policial relatando a seguinte situação:
“Preciso de ajuda, não posso falar muito. Estou sofrendo agressões físicas, ele me tranca e dopa. Não posso trabalhar. Porém se aparecer alguém fardado ele me mata, diz ele que tem uma arma dentro de casa. Poderia vir uma mulher policial sem farda e me chamar. Tenho câmera, então o carro da polícia não pode aparecer. Não responda essa msg. Ele está super agressivo. Se ele desconfiar ele me mata. Socorro! Diga que veio conversar sobre uma consulta.”
Diante grave situação, foram adotadas as medidas cabíveis para primeira intervenção, também foi acionada a equipe de negociação do Bope. No entanto, também foi acionada a equipe Rotam que deslocou até a residência de ocorrência.
De acordo com a Polícia Militar, as equipes conseguiram estabelecer contato com a vítima, que por sua vez conseguiu ir ao encontro dos policiais.
Momento em que a psicóloga autorizou a entrada na residência. A equipe da PM, com as devidas medidas de segurança adentrou a residência, diante do risco do indivíduo estar de porte de arma de fogo conforme relato da vítima.
Ao adentrar na residência o indivíduo foi localizado na edícula, o qual recebeu voz de abordagem, sendo revistado e contido.
Com a autorização da psicóloga, foi realizada uma busca no interior do imóvel a fim de localizar a suposta arma. Sendo que durante as buscas, foram identificados dois canivetes os quais a vítima indicou como sendo usados para ameaçá-la. Na residência também foram encontrados diversos remédios, entre os quais o suspeito, em tese, obrigaria a vítima a usar para ficar sonolenta.
A jovem psicóloga ainda relatou que na semana passada, o suspeito a manteve em cárcere privado de terça feira à quinta feira, que na sexta-feira também a impediu de sair de casa e de trabalhar. Afirmou ainda que por diversas vezes o suspeito a agrediu fisicamente com socos na região da cabeça, entre outras partes do corpo, e por causa das agressões, o suspeito a obrigava a tomar os remédios. Ele dizia para ela que se não tomasse os remédios para dopá-la, ela seria agredida novamente.
Apesar da gravidade dos fatos, ambos foram encaminhados a Unidade de Saúde, a fim de passar por laudo médico.
A equipe da Polícia Militar, recolheu algum dos remédios utilizados pelo autor para dopar a vítima (isso conforme indicação da mesma), além de dois canivetes, em tese, utilizados para ameaçá-la. Também foi apreendido um aparelho celular marca Xiaomi, modelo Poco x4, cor azul de propriedade do autor, que conforme a vítima, o autor guarda fotos da mesma dopada.
Foi confeccionado BOU, e as partes foram encaminhadas à autoridade policial a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis.