Um estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) revelou que, entre os adultos atualmente diagnosticados com diabetes e que recebem insulina, os indivíduos que se identificam como mexicanos-americanos ou negros não hispânicos apresentam a maior prevalência em casos graves de hiperglicemia.
O relatório, baseado em dados da Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição (NHANES) com 2.482 adultos, revelou que essa disparidade pode estar aumentando ainda. A hiperglicemia em pacientes diabéticos pode afetar olhos, rins, nervos e o coração, mesmo em casos não graves.
De acordo com a pesquisadora Venkatraman, mexicanos-americanos e negros não hispânicos que recebem insulina tiveram 2,29 e 2,48 vezes mais chances de ter hiperglicemia grave, respectivamente, quando comparados com brancos não hispânicos. Essa tendência sugere que as disparidades raciais podem desempenhar um papel nos resultados atuais do diabetes, pois essas lacunas não mudaram entre 1988 e 2020 e até regrediram para os mexicanos-americanos entre os anos 1990 e o início dos anos 2000 em comparação com 2020.