No Irã, nove pessoas foram sentenciadas à pena de morte pelo assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, um dos principais cientistas nucleares do país. Segundo declaração do porta-voz do judiciário iraniano, Massoud Setayeshi, os nove réus foram acusados de “corrupção na terra” e conluio com Israel, ambos crimes capitais na República Islâmica.
O cientista foi morto em 2020 em um ataque cuja responsabilidade o Irã atribuiu a Israel. Em 2018, o governo israelense acusou Fakhrizadeh de liderar os esforços iranianos para construir uma bomba atômica, informação que o Irã negou. Quando foi morto, Fakhrizadeh estava sob sanções dos Estados Unidos por seu papel no programa nuclear iraniano. Depois do ataque, o Irã ameaçou vingança.
Israel não comentou publicamente a alegação de que foi o responsável, embora Yossi Cohen, ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, tenha confirmado no ano passado que Fakhrizadeh estava há muito tempo na mira da agência.
Em entrevista coletiva, o porta-voz Setayeshi disse que, junto àqueles que enfrentarão a pena de morte, outras seis pessoas tiveram "outras acusações" contra elas, e que o caso tem, ao todo, 15 réus.