Internacional Irã
Nove pessoas são condenadas à morte no Irã por suspeita de “conluio com Israel” para matar cientista nuclear
Caso do assassinato de principal suspeito de liderar o programa nuclear iraniano tem, ao todo, 15 réus
06/12/2022 18h50
Por: Redação

No Irã, nove pessoas foram sentenciadas à pena de morte pelo assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, um dos principais cientistas nucleares do país. Segundo declaração do porta-voz do judiciário iraniano, Massoud Setayeshi, os nove réus foram acusados ​​de “corrupção na terra” e conluio com Israel, ambos crimes capitais na República Islâmica. 

O cientista foi morto em 2020 em um ataque cuja responsabilidade o Irã atribuiu a Israel. Em 2018, o governo israelense acusou Fakhrizadeh de liderar os esforços iranianos para construir uma bomba atômica, informação que o Irã negou. Quando foi morto, Fakhrizadeh estava sob sanções dos Estados Unidos por seu papel no programa nuclear iraniano. Depois do ataque, o Irã ameaçou vingança.

Israel não comentou publicamente a alegação de que foi o responsável, embora Yossi Cohen, ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, tenha confirmado no ano passado que Fakhrizadeh estava há muito tempo na mira da agência.

Em entrevista coletiva, o porta-voz Setayeshi disse que, junto àqueles que enfrentarão a pena de morte, outras seis pessoas tiveram "outras acusações" contra elas, e que o caso tem, ao todo, 15 réus.

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