Cerca de 500 alunos de nível técnico e superior de 15 instituições de ensino agrícola do Paraná estão conhecendo a Estação de Pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Rural – Iapar – Emater (IDR-Paraná), localizada na Lapa. Lá estão tecnologias para o cultivo de diversas espécies de frutas. A ação faz parte da Semana Frutifica Paraná, que começou terça-feira e segue até esta quinta (24).
O evento é organizado pelo IDR-Paraná e tem como objetivo fomentar a atividade da fruticultura para o público jovem rural. Nesta semana os alunos aprendem aspectos produtivos e econômicos das principais frutíferas de clima temperado. São tratados temas como orientação sobre manejo de solo, época de colheita, cuidados fitossanitários, variedades, manejo de poda e custo de implantação.
O presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, participou da abertura da Semana Frutifica Paraná e falou da importância destes eventos para os estudantes que logo estarão no mercado de trabalho. “Além de bons profissionais, estes jovens adquirem conhecimento que podem colocar em prática em seguida, visto que a maioria é filho de agricultor”, afirmou.
Ele destacou o espaço para crescimento da fruticultura no Paraná. “Cerca de 70% dos hortifrutis comercializados nas unidades da Ceasa Paraná são produzidos em outros estados, ou seja, há muito espaço para o Paraná crescer em mercado para esta atividade”, disse.
Para o professor Edson Blum, do Colégio Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, de Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), os alunos que participaram do evento tiveram acesso a técnicas de cultivo e adubação que devem contribuir de forma efetiva na formação deles. “Os estudantes voltaram da estação muito animados pelo conhecimento recebido”, afirmou o professor.
ESTAÇÃO DE PESQUISA– A Vitrine Tecnológica de Fruticultura de Clima Temperado da Estação de Pesquisa possui um pomar com 11 espécies frutíferas, mais de 100 combinações de variedades e diversas formas de poda e condução que podem contribuir para a qualidade do produto.
De acordo com Juliano de Souza Lima, coordenador da Estação, a vitrine não é apenas um espaço para a pesquisa de novas variedades, formas de manejo e testes de tratamentos, mas também é utilizada para a difusão tecnológica. Anualmente passam pela estação cerca de 1.500 a 2.000 visitantes em busca de informações técnicas.
“A vitrine funciona como uma verdadeira escola a céu aberto, onde a gente consegue avaliar as respostas de determinada variedade, forma de manejo ou mesmo respostas de tratamentos, e repassar os resultados para o produtor interessado. Assim ele consegue tomar decisões mais assertivas na propriedade, diminuindo os riscos”, afirmou.
A Semana Frutifica Paraná conta com a parceria da Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Ceasa/PR (Centrais de Abastecimento do Paraná).