A caravana de abastecimento, sob escolta militar, “foi atacada por terroristas perto da cidade de Gaskindé”, na província de Soum, na região do Sahel, na segunda-feira, de acordo com um comunicado do porta-voz do Governo Wendkouni Joël Lionel Bilgo.
Bilgo indicou que o ataque causou ainda 28 feridos, entre os quais 20 militares, um voluntário e sete civis. “Prossegue a busca” pelos 50 civis desaparecidos”, acrescentou.
O ataque contra a caravana, com destino à cidade de Djibo, também “causou danos materiais significativos”, disse Bilgo, que enviou “sinceras condolências às famílias, desejando uma rápida recuperação aos feridos”.
“O Governo reafirma o seu compromisso e o de todas as forças patrióticas na luta contra o terrorismo de (…) defender e libertar o nosso povo das garras das forças obscurantistas que os querem escravizar através da violência cega e do terror”, acrescentou o porta-voz.
Burkina Faso tem registado, desde abril de 2015, ataques armados frequentes, realizados por grupos ligados tanto à rede terrorista Al-Qaida, quanto ao grupo extremista Estado Islâmico.
A região de Burkina Faso mais afetada pela insegurança é o Sahel, a norte, que faz fronteira com Mali e Níger, embora o fundamentalismo islâmico também tenha se espalhado para outras áreas vizinhas e, desde 2018, para o leste do país.
Em novembro de 2021, um ataque a um posto da polícia causou 53 mortes, incluindo quatro civis. O atentado desencadeou fortes protestos a exigir a renúncia do Presidente Roch Marc Christian Kaboré.
Alguns meses depois, em 24 de janeiro, os militares, liderados pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, tomaram o poder num golpe, o quarto na região da África Ocidental desde agosto de 2020, e depuseram o Presidente.
A insegurança fez com que o número de deslocados internos em Burkina Faso subisse para quase dois milhões de pessoas, de acordo com dados do governo.