“A Nigéria é um país vasto, fortalecido pela sua diversidade e pelos seus valores comuns de trabalho duro, fé duradoura e sentido de comunidade. Investimos fortemente para fortalecer a nossa estrutura para eleições livres e justas”, disse Muhammadu Buhari.
O seu objectivo, sublinhou, é preparar “um processo de eleições livres, justas, transparentes e credíveis através do qual os nigerianos elejam os líderes da sua escolha”.
Às eleições de Fevereiro de 2023 concorrem 18 candidatos, dos quais apenas uma mulher, segundo anunciou na terça-feira a Comissão Nacional Eleitoral Independente da Nigéria.
Os analistas previam que as presidenciais de 2023 seriam uma corrida entre dois homens, Bola Tinubu, 70 anos, antigo governador de Lagos do partido de Buhari, e o ex-vice-presidente Atiku Abubakar, 75 anos, que ficou em segundo lugar nas eleições de 2019.
No entanto, a crescente popularidade de Peter Obi, um ex-governador do estado de Anambra, no sudeste da Nigéria, colocou-o à frente dos restantes candidatos, segundo uma sondagem recente.
A comissão eleitoral prevê que 95 milhões de eleitores participem nas eleições de Fevereiro, numa altura em que crises económicas e de segurança afectam muitos dos mais de 200 milhões de cidadãos do país mais populoso de África.
Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do continente, a Nigéria enfrenta uma taxa de desemprego de 33 por cento e uma taxa de pobreza de 40 por cento, segundo as estatísticas mais recentes.
O país enfrenta ainda uma insurgência por rebeldes extremistas no nordeste, bem como um alastrar da violência armada nas regiões do sudoeste e noroeste.
Estes desafios tornam a eleição presidencial “uma batalha pela alma do país”, referiu o director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento, sediado na Nigéria e focado na África Ocidental.
Buhari, eleito Presidente em 2015, deixará o cargo em 2023, após dois mandatos de quatro anos.