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Ex-prefeito acusado de ser o mandante da morte de antecessor é julgado nesta terça

Em depoimento à polícia, o acusado apontou o Aristóteles Santos Filho como mandante do crime

Redação
Por: Redação Fonte: Tribuna do Interior
23/08/2022 às 12h40
Ex-prefeito acusado de ser o mandante da morte de antecessor é julgado nesta terça
Reprodução

Será julgado nesta terça-feira (23), a partir das 9 horas, no Fórum de Justiça de Engenheiro Beltrão. o ex-prefeito de Fênix, Aristóteles Dias dos Santos Filho, o “Totinha”, acusado de ser o mandante da morte de seu antecessor, o ex-prefeito Manoel Custódio Ramos (PMDB), mais conhecido como “Nego”.

Filho será levado a júri popular. O julgamento era para ter ocorrido no dia 27 de julho, mas foi adiado a pedido da defesa. Na época do crime, 4 de fevereiro de 2006, Totinha era vice-prefeito da cidade.

O acusado chegou a ficar preso por um ano, 11 meses e 23 dias logo após o crime, mas conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sendo solto. Ele vem respondendo o processo em liberdade.

Ramos foi morto quando estacionou o carro na garagem da casa dele, no centro da cidade. Segundo a investigação da polícia, um homem teria chamado o ex-prefeito ao portão. Ele foi atingido com cinco tiros no peito e na cabeça. Morreu na hora.

Cheio de mistérios, o crime apenas foi descoberto em abril de 2007, após a prisão de Luiz Pereira de Souza Junior, de 30 anos, acusado de ser o autor do crime. Segundo a polícia, Souza Junior recebeu R$ 15 mil para matar Ramos.

A polícia apurou que ele teria sido contratado pelo braço direito do exprefeito, o ex-funcionário público Sidney Aparecido Farias. Souza Junior foi preso em Londrina. Farias também foi detido. Após o homicídio, Souza Junior teria fugido para Rondônia, mas voltou ao Paraná para receber pela execução do ex-prefeito, quando foi preso.

Em depoimento à polícia, o acusado apontou o Aristóteles Santos Filho como mandante do crime. Em junho de 2007, o Tribunal de Justiça do Paraná decretou a prisão do ex-prefeito. Mas os advogados do ex-prefeito conseguiram um habeas corpus no STJ alegando excesso de prazo no julgamento do processo. O ex-prefeito pediu exoneração do cargo à época, perdendo o foro privilegiado. Ou seja, passou a ser um cidadão comum e respondia em liberdade até o julgamento do caso por um júri popular.

Em junho do ano passado, Sidnei Farias foi morto a tiros em um bar na cidade de Fênix junto com outro homem. Apesar da suspeita de sua participação na morte do ex-prefeito, sua execução não teria relação com o crime, segundo a polícia. 

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