Internacional Sérvia
Sérvia não sucumbiu à 'histeria antirrussa' e não esquece 'fraternidade milenar', diz ministro
A Sérvia foi o único país da Europa a não aderir à "histeria antirrussa" no continente, afirmou o ministro do Interior sérvio, Aleksandar Vulin, em reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Moscou.
22/08/2022 19h39
Por: Redação Fonte: Sputniknews
"O ministro Vulin observou que a República da Sérvia, liderada pelo presidente Aleksandar Vucic, não esquece a fraternidade milenar e que a Sérvia é o único país da Europa que não impôs sanções contra a Rússia, não se tornando parte da histeria antirrussa", diz comunicado do Ministério do Interior após o encontro com Lavrov, nesta segunda-feira (22).
 
De acordo com a nota, o ministro afirmou que Lavrov "é um amigo sincero da Sérvia e do povo sérvio", expressando "grande gratidão à Rússia pelo apoio consistente à soberania e integridade territorial da Sérvia e por não reconhecer o falso 'Estado' do Kosovo".
Conforme o texto, Vulin disse ainda que a Sérvia é um Estado independente e escolhe suas amizades.
Em outro momento, o ministro sérvio lamentou que a visita de Lavrov a Belgrado em junho tenha sido frustrada "devido a decisões de outros Estados". Segundo ele, a situação foi uma "violação de todos os princípios do direito internacional".
Em 5 de junho, países vizinhos à Sérvia, como Bulgária, Montenegro e Macedônia do Norte, fecharam os espaços aéreos nacionais para a aeronave que conduziria o ministro das Relações Exteriores russo, bloqueando sua chegada ao país.

"Vulin disse que a Sérvia nunca esquecerá a ajuda da Rússia e do presidente russo, Vladimir Putin, que, a pedido do presidente Vucic, em 2015, impediu a adoção de uma resolução do Reino Unido na ONU [Organização das Nações Unidas] segundo a qual os sérvios seriam proclamados um povo culpado de genocídio", disse o Ministério do Interior sérvio.

 
As partes concordaram que, apesar dos desafios atuais, Moscou e Belgrado manterão relações diplomáticas e cooperação bilateral excepcionais.
Após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, o Ocidente intensificou a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.
Além disso, a União Europeia censurou o acesso a mídias russas, como a Sputnik e a RT, em seu território. Facebook e Instagram (plataformas pertencentes à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) também restringiram o acesso a páginas e links de mídias estatais da Rússia. Já o YouTube derrubou todos os canais das mídias da plataforma.