O Exército informou que um ataque no domingo na região norte de Gao matou 42 soldados.
Num comunicado, o exército adianta que o ataque foi realizado por extremistas islâmicos que usaram drones, artilharia e viaturas armadilhadas.
Também no mesmo dia, cinco polícias foram mortos no sul do país, quando radicais atacaram uma esquadra perto da fronteira com o Burkina Faso.
Três outros agentes continuam desaparecidos, após a ofensiva à esquadra da polícia da fronteira de Sona, disse o director-geral da polícia nacional, Soulaimane Traore.
Na segunda-feira, terroristas do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, JNIM em árabe), filiado na organização Estado Islâmico, reivindicaram a responsabilidade dos ataques.
O Mali e os seus parceiros internacionais têm lutado contra extremistas islâmicos há quase uma década, e a situação revelou sinais de deterioração depois de a França ter começado a retirar as suas tropas, após uma série de disputas com o Governo maliano.
Em 2013, a França liderou uma operação militar para expulsar militantes islâmicos do poder nas principais cidades do norte do Mali. Mas, os “jihadistas” reagiram e começaram a realizar ataques no sul contra os militares e as forças de paz da ONU.
O plano de retirada francês surgiu depois de uma junta liderada pelo coronel Assimi Goïta ter executado dois golpes num período de nove meses em 2020 e 2021 e da presença no país do grupo para-militar russo Wagner.