Segundo o mais recente relatório das autoridades congolesas, durante o assalto à prisão de Kakwangura, na cidade de Butembo (província do Kivu Norte), morreram dois polícias, cinco membros do grupo armado e um miliciano.
Três outros membros do grupo que atacou a prisão morreram depois de serem linchados por habitantes da cidade de Mumole, situada 35 quilómetros a sudeste da prisão, segundo o portal de notícias congolês Actualité.
Inicialmente, o exército atribuiu o ataque ao grupo Mai-Mai, um movimento que abrange dezenas de milícias armadas que operam na área há décadas, formadas por camponeses e outros civis armados para se defenderem de outros rebeldes e até do próprio exército congolês.
Mais tarde, o exército recuou e disse que o ataque foi organizado e realizado por combatentes dos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), com o apoio de milicianos locais, de acordo com a Rádio Okapi.
Segundo a rádio congolesa Okapi, as forças armadas revelaram que o grupo de mais de 80 membros conseguiu em 15 minutos arrombar a porta principal da prisão e retirar 817 prisioneiros – incluindo 12 mulheres, membros das ADF -, sendo que 115 já foram recapturados.
Desde 1998, o leste do país tem sido palco de um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão da ONU (Monusco), com mais de 14.000 soldados destacados.