A medida foi assinada no último sábado pelo ministro da Administração do Território, Mory Condé, sem relação com o presidente deposto, com a alegação de que a entidade instiga a violência contra as pessoas, destrói bens públicos e privados e incita a discriminação de pessoas com base na sua origem ou ideologia.
Consciente de sua ilegalização, a coalizão de oposição convocou novos protestos de rua, visando exigir um prazo crível para o retorno da constitucionalidade e um diálogo entre o governo militar, atores políticos e organizações sociais, muitos deles coesos no FNDC.
Os confrontos no final de julho passado entre os manifestantes e as forças da ordem pública deixaram um saldo de cinco mortos e um número indeterminado de presos.
A interdição do FNDC pelo governo militar, liderado pelo tenente-coronel Mamadi Doumbouya, não deverá esvaziar a oposição, pois o movimento Fuerzas Vivas, aliança de sindicatos, ONGs e partidos políticos, convocou protestos para a próxima segunda-feira, 15, para exigir o retorno à ordem constitucional.