Manifestantes que invadiram e ocuparam o palácio presidencial do Sri Lanka afirmaram, neste domingo (10), que não pretendem deixar o local até que o presidente cingalês, Gotabaya Rajapaksa, consolide sua renúncia.
Em meio a protestos e um forte clima de tensão, Rajapaksa anunciou sua renúncia no último sábado (9). O presidente informou que deixaria o cargo na próxima semana. Ele foi forçado a fugir do palácio presidencial durante a invasão. Segundo noticiado, os manifestantes que ocuparam o palácio permanecem desconfiados em relação ao anúncio de renúncia, e afirmaram que só deixarão o local quando ela for efetivada. O Sri Lanka enfrenta uma grave crise econômica, que levou o país à escassez de combustíveis e produtos de primeira necessidade, como medicamentos. Quedas de energia se tornaram comuns no dia a dia. Em abril, o país anunciou calote de sua dívida externa por falta de receita.
Em parte, a crise econômica foi gerada por um ataque jihadista, ocorrido em 2019, e pela pandemia que afetou o mundo no ano seguinte. Os dois fatos consecutivos geraram um duro golpe no turismo do país, um dos setores críticos para a economia local. O Sri Lanka, então, mergulhou na mais grave crise enfrentada desde 1948, quando declarou independência.