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Novo estudo revela efeito devastador em ossos de astronautas por viverem no espaço

Os astronautas perdem décadas de massa óssea no espaço que muitos não recuperam mesmo depois de um ano de volta à Terra, disseram pesquisadores na quinta-feira, alertando que isso pode ser uma “grande preocupação” para futuras missões a Marte. Pesquisas anteriores mostraram que os astronautas perdem entre 1 a 2 por cento da densidade óssea para cada mês passado no espaço, pois a falta de gravidade tira a pressão de suas pernas quando se trata de ficar em pé e andar.

Redação
Por: Redação Fonte: https://universoracionalista.org/novo-estudo-revela-efeito-devastador-em-ossos-de-astronautas-por-viverem-no-espaco/
01/07/2022 às 19h18
Novo estudo revela efeito devastador em ossos de astronautas por viverem no espaço
Imagem MEV de uma osteoporose. (Créditos: Science Photo Library - Steve Gschmeissner/Getty Images)

Traduzido por Julio Batista
Original de Daniel Lawler e Juliette Collen (AFP) para o ScienceAlert

Para descobrir como os astronautas se recuperam quando seus pés estão de volta ao chão, um novo estudo escaneou os pulsos e tornozelos de 17 astronautas antes, durante e depois de uma estadia na Estação Espacial Internacional.

A densidade óssea perdida pelos astronautas foi equivalente a quanto eles perderiam em várias décadas se estivessem de volta à Terra, disse o coautor do estudo Steven Boyd, da Universidade de Calgary, no Canadá, e diretor do Instuto McCaig para Saúde Óssea e das Articulações.

Os pesquisadores descobriram que a densidade da tíbia de nove dos astronautas não havia se recuperado totalmente após um ano na Terra – e ainda faltava cerca de uma década de massa óssea perdida.

Os astronautas que fizeram as missões mais longas, que variaram de quatro a sete meses na EEI, tiveram recuperações ainda mais lenta.

“Quanto mais tempo você passa no espaço, mais ossos você perde”, disse Boyd à AFP.

Boyd disse que é uma “grande preocupação” para futuras missões planejadas a Marte, que podem contar com astronautas passando anos no espaço.

“Vai continuar a piorar com o tempo ou não? Não sabemos”, disse ele.

“É possível que atingimos um estado estável depois de um tempo, ou é possível que continuemos a perder osso. Mas não posso imaginar que continuaríamos a perder osso até que não haja mais nada.”

Um estudo de modelagem de 2020 previu que, em um voo espacial de três anos para Marte, 33% dos astronautas estariam em risco de osteoporose. Boyd disse que algumas respostas podem vir de pesquisas atualmente sendo realizadas em astronautas que passaram pelo menos um ano a bordo da EEI.

Guillemette Gauquelin-Koch, chefe de pesquisa em medicina da agência espacial francesa CNES, disse que a ausência de gravidade no espaço é “a inatividade física mais drástica que existe”.

“Mesmo com duas horas de esporte por dia, é como se você ficasse de cama nas outras 22 horas”, disse o médico, que não fez parte do estudo.

“Não será fácil para a tripulação pisar em solo marciano quando chegarem – é muito incapacitante”.

‘A doença silenciosa’

O novo estudo, que foi publicado na Scientific Reports, também mostrou como o voo espacial altera a estrutura dos próprios ossos.

Boyd disse que se você pensasse nos ossos de um corpo como a Torre Eiffel, seria como se algumas das hastes de metal que sustentam a estrutura estivessem perdidas.

“E quando voltamos à Terra, engrossamos o que resta, mas na verdade não criamos novas hastes”, disse ele.

Alguns exercícios são melhores para reter a massa óssea do que outros, segundo o estudo.

levantamento terra, também conhecido como deadlift ou peso morto, provou ser significativamente mais eficaz do que correr ou andar de bicicleta, disse, sugerindo exercícios mais pesados ​​para a parte inferior do corpo no futuro.

Mas os astronautas – que estão em boa forma e na faixa dos 40 anos – não tendem a notar a perda óssea drástica, disse Boyd, apontando que a osteoporose equivalente na Terra é conhecida como “a doença silenciosa”.

O astronauta canadense Robert Thirsk, que passou a maior parte do tempo no espaço, disse que para ele os ossos e os músculos levaram mais tempo para se recuperar após o voo espacial.

“Mas um dia após o pouso, me senti confortável novamente como um terráqueo”, disse ele em um comunicado que acompanha a pesquisa.

© Agence France-Presse

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