Uma equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou pelo Paraná o levantamento de dados para contar a história do feijão e da mandioca, dois dos produtos que, junto com o arroz, farão parte de um novo livro da coleção Dinâmica Territorial da Produção Agropecuária, elaborado pela Coordenação de Geografia do instituto. A primeira reunião foi com técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
“Temos segurança de usar as informações produzidas pelo Deral porque sabemos como é feito o levantamento”, disse o supervisor de Agropecuária do IBGE no Paraná, Jorge Mryczka. Segundo ele, o Estado será o principal palco de pesquisas para o livro em razão da liderança nacional na produção de feijão e pela vice-liderança em mandioca, além de manter um dos principais polos de fecularias do País.
Segundo Marcelo Araujo, um dos servidores que estarão a campo para a coleta de informações, o objetivo é fazer uma radiografia completa de cada um dos produtos, contando, entre outros detalhes, a história dele como alimento, como se desenvolveu nas várias regiões brasileiras, como é cultivado, de que forma se constitui a mão de obra, de que maneira e onde é consumido, quais subprodutos são extraídos, a destinação e o que será da cultura no futuro. “A intenção é mostrar de onde veio, como é feito e para onde vai”, disse.
“Será um trabalho bastante aprofundado em cada uma das culturas, mostrando com dados como começou, como evoluiu e o que mudou durante o período em que é cultivado”, completou Evelyn Pereira, que também participa do projeto, assim como Emílio Rua. “Pelo que o feijão e a mandioca representam no Estado, tínhamos de vir obrigatoriamente no Paraná”, reforçou. A publicação deve ficar pronta em junho do próximo ano.
As primeiras conversas foram com o chefe do Deral, Marcelo Garrido, e com o analista das culturas de feijão e mandioca no Departamento, economista Methodio Groxko. Os servidores do IBGE coletarão dados em bibliotecas e universidades e farão incursões nos campos paranaenses e de outros Estados para descrever a cultura e contar histórias de agricultores que com elas convivem.