O Senado empossou na noite dessa segunda-feira (27) os ‘jovens senadores’ selecionados no programa. São 27 estudantes. Entre eles, está Gabriel Cezar Luiz Rigolin, de 16 anos, da região de Campo Mourão e único do Paraná selecionado para o programa. Ele é aluno do 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Cecília Meireles, em Ubiratã.
O estudante participará da Semana de Vivência Legislativa, que acontece de 27 de junho a 1º de julho. A experiência é o prêmio por ter sido selecionado no concurso de redação Jovem Senador 2022, promovido pelo Senado Federal. Durante a posse, foram eleitos os integrantes da Mesa Diretora do projeto. Gabriel foi eleito como vice-presidente. A presidente é a aluna Quéren Hapuque de Araújo Lima, do Amapá.
Também foram eleitos como primeiro e segundo secretários, respectivamente, os estudantes Erick Gabriel Ferreira Cordeiro da Silva, da Paraíba, e Francisco Davi da Silva, do Ceará. Dos 27 estudantes, 9 se candidataram à presidência, e Quéren Hapuque e Gabriel Rigolin foram os mais votados, com 6 votos cada um. Assim como acontece na eleição para presidente do Senado, assumiu o estudante com mais idade.
Aluno do 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Cecília Meireles, em Ubiratã, Gabriel participou do concurso com um texto dissertativo argumentativo sobre o tema “200 anos de Independência: lições da história para a construção do amanhã”. A professora Aparecida Torres dos Santos Barroso, que o orientou na redação, o acompanhará.
“Eu, como orientadora, procurei nortear o foco da produção textual para a construção do amanhã, ou seja, qual aprendizado podemos captar com a Independência”, conta Aparecida, que leciona Língua Portuguesa. Ela diz estar animada para conhecer a capital brasileira e compartilhar os novos conhecimentos com os colegas professores. “Confesso que tenho muitas expectativas, afinal, como Gabriel, também amo política e história. Estou curiosa para conhecer Brasília, que é o coração do nosso país em termos políticos”, comenta.
Segundo a professora, Gabriel se interessa muito por política, devora livros de história e está sempre disposto a participar de projetos na escola. “O Gabriel é um aluno humilde, de uma família de agricultores que buscaram dar estudo aos filhos”, diz Aparecida. “Percebi que gosta de debates sobre fatos históricos, mais precisamente fatos políticos”, falou.
O estudante conta que se sentia preparado para escrever sobre o bicentenário da Independência, pois a professora havia recomendado vários livros que abordam o assunto. “Achei o tema da redação muito interessante, porque ele faz a gente pensar no que a gente fez e no que a gente ainda pode fazer para melhorar o nosso país”, diz Gabriel. Ele conta que o que mais espera da experiência em Brasília é o debate. “É através dele que construímos a nossa democracia, respeitando a opinião divergente e elaborando juntos projetos que vão melhorar a vida de quem vive no nosso país”, afirmou.