Falando no Conselho de Segurança da ONU, ele também reiterou o compromisso da Minusma de continuar os esforços para apoiar uma solução consensual para a atual crise naquele país.
Nesse sentido, Wane ecoou as palavras do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre a necessidade de manter a presença da missão no Mali e mais uma vez estender o seu mandato.
Embora os desafios naquele país sejam numerosos e complexos, eles estão longe de ser insuperáveis, disse Wane.
O povo do Mali tem uma profunda aspiração por reforma, governança transparente e prestação de contas, bem como grande resiliência, enfatizou.
Após o briefing a portas abertas, em sessão fechada, os membros do Conselho de Segurança da ONU discutiram, entre outros assuntos, um projeto de resolução que estende o mandato da MINUSMA, que termina no final deste mês.
Atualmente, o clima de insegurança persiste no Mali e a situação alimentar está se deteriorando após anos de conflito prolongado, segundo relatórios das Nações Unidas.
Este ano, estima o organismo multilateral, mais de 1,8 milhão de pessoas precisarão de assistência alimentar em comparação com 1,3 milhão em 2021, o nível mais alto de insegurança alimentar registrado desde 2014.
Além disso, mais de meio milhão de crianças malianas são afetadas pelo fechamento de escolas.
Depois que as autoridades militares que controlam o Mali decidiram adiar o calendário eleitoral, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental impôs várias sanções naquele território, como a suspensão da assistência financeira.
Além disso, Mali enfrenta violência contínua instigada por grupos islâmicos radicais, incluindo o Estado Islâmico, de acordo com relatos da mídia.
As autoridades militares de transição daquele país tomaram o poder por meio de um golpe em maio de 2021, que foi rejeitado por grande parte da comunidade internacional.
No mês passado, o Mali anunciou sua decisão de se retirar de todas as instituições do Grupo dos Cinco para o Sahel, já que assumiria a presidência rotativa daquela associação em fevereiro, mas alguns se opuseram e o Chade permaneceu na vanguarda desde então.