Brasil Desaparecidos
Suspeito por desaparecimento no AM acusa policiais de tortura
Amarildo de Oliveira criticou ação de PMs durante ação para sua prisão por suspeita de participar do desaparecimento de indigenista e jornalista britânico
11/06/2022 18h41
Por: Redação Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2022-06-11/suspeito-por-desaparecimento-no-am-acusa-policiais-de-tortura.html

Suspeito de participar do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips, Amarildo da Costa de Oliveira acusou policiais militares do Amazonas de tortura durante a operação que resultou em sua prisão. A informação foi divulgada pela Agência Pública e confirmada pelo iG com a Defensoria Pública do Amazonas, responsável pela defesa do acusado.

Em depoimento realizado na quinta-feira (9) durante a audiência de custódia, Oliveira afirmou que policiais o agrediram e colocaram uma sacola plástica em seu rosto para sufocá-lo. O suspeito ainda declarou ter desmaiado durante o transporte.

A juíza Jacinta Silva dos Santos acolheu o pedido da Defensoria Pública e solicitou ao Ministério Público do Amazonas uma investigação sobre "eventuais maus tratos ou tortura".

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que as denúncias serão apuradas. A SSP disse que não compactua com desvios de conduta e que todas as ações são pautadas pela legalidade.

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Amarildo de Oliveira foi preso na última terça-feira durante uma operação realizada em Atalaia do Norte. A Polícia Federal acredita que Oliveira é o responsável por liderar o grupo responsável pelo desaparecimento das vítimas.

Testemunhas relataram ter visto uma lancha seguindo o barco das vítimas e as descrições bateram com a embarcação de Amarildo. Segundo a polícia, ele estaria com outras quatro pessoas, que ainda não tiveram suas identidades reveladas.

A perícia encontrou vestígio de sangue no barco de Amarildo e material orgânico humano próximo ao porto de Atalaia do Norte. O caso ainda segue em investigação pela PF.

Embora o suspeito tenha negado a participação no desaparecimento do jornalista e do indigenista, a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias.