Os produtores de cevada do Paraná iniciaram este mês o plantio da gramínea típica do período de inverno. O Paraná é o principal produtor do País, responsável por cerca de 70% do abastecimento nacional. Dados do início da safra são apresentados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente ao período de 3 a 9 de junho.
De acordo com o último levantamento de estimativa de safra do Deral, divulgado no fim de maio, a cultura da cevada deve ocupar área aproximada de 74 mil hectares. Neste início de mês, pelo menos 5% já estão semeados. O mesmo prognóstico aponta colheita de 345,8 mil toneladas. Se houver confirmação, o crescimento será de cerca de 17% em relação às 296,8 toneladas do ano passado.
A região de Guarapuava (Centro-Sul) é a que mais se destaca em produção dentro do Estado. Em 2021, foi responsável por 64% da colheita. Dos 45,5 mil hectares plantados saíram 188,8 mil toneladas de grãos com excelente qualidade. Agora, apesar de a área prevista nessa região ser de 44 mil hectares (redução de 3%), a produção pode chegar a 222,2 mil hectares, segundo a última estimativa. Assim que as chuvas reduzirem, o plantio ganha força no núcleo de Guarapuava.
TRIGO, FEIJÃO E MILHO– As chuvas nas regiões Sudoeste e Sul do Estado também impediram aceleração maior no plantio do trigo. No entanto, ainda que atrasem momentaneamente esse processo, elas podem gerar ótimas condições para o desenvolvimento do cereal assim que as semeadoras retornarem ao campo.
Para os produtores de feijão, as chuvas interromperam ou trouxeram maior lentidão à colheita. Até agora, 67% da produção já foi retirada do campo. A previsão é que o restante seja colhido nos próximos 15 dias. No entanto, segundo os produtores, as condições de umidade podem resultar em redução na produtividade e na qualidade do feijão.
O boletim registra ainda que 26% da área de 2,7 milhões de hectares semeada com milho de segunda safra no Estado atingiu a fase de maturação. Isso garante mais proteção diante de eventuais geadas e, em consequência, a manutenção da previsão atual em relação à produtividade. No entanto, o restante ainda está sujeito a um impacto maior, a depender das condições climáticas.
SUÍNOS E OVOS– O documento registra, ainda, que o Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil, foi responsável por 263,2 mil toneladas de carne suína no primeiro trimestre do ano. Isso representa aumento de 9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No Brasil, o aumento foi de 7%, com produção de 1,2 milhão de toneladas.
Em ovos e ovoprodutos, o Brasil conseguiu expressivo aumento de 68,8% em exportações, quando se compara 2021 a 2020, saindo de 15.140 toneladas para 25.557 toneladas. O faturamento aumentou de US$ 47,9 milhões para US$ 76 milhões (58,7% a mais). No Paraná, segundo maior exportador, a elevação foi de 35,2% em volume, chegando a 6.398 toneladas em 2021, e de 42,8% em faturamento, com a entrada de US$ 22,8 milhões.