Cidades Falsificação
Organização criminosa que “falsificava” cilindros de oxigênio e atuava em várias cidades do PR é alvo de operação do Gaeco
Segundo as investigações, uma empresa do ramo de distribuição de oxigênio, fornecia a hospitais e postos de saúde cilindros com gás destinado a uso industrial, que tem grau de pureza inferior, no lugar de oxigênio medicinal
08/06/2022 12h44
Por: Redação Fonte: http://www.ubirataonline.com.br/2022/06/08/organizacao-criminosa-que-falsificava-cilindros-de-oxigenio-e-atuava-em-varias-cidades-do-pr-e-alvo-de-operacao-do-gaeco%ef%bf%bc/

Na manhã desta quarta-feira (08) o Gaeco de Francisco Beltrão com apoio da Polícia Científica e do Gaeco de Santa Catarina deflagrou a operação Rarefeito em 19 municípios do Sudoeste do Paraná e uma cidade de Santa Catarina.

Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, além de ordens judiciais de proibição de exercício de atividade econômica e indisponibilidade de bens foram cumpridos contra um organização criminosa que adulterava produtos com fins medicinais.

As investigações tiveram início em outubro de 2021 e apuram a prática dos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, crime contra relação de consumo e adulteração de produto destinado a fins medicinais. As vítimas são principalmente prefeituras.

De acordo com o que foi apurado, uma empresa do ramo de distribuição de oxigênio, localizada em Pato Branco, fornecia a hospitais e postos de saúde cilindros com gás destinado a uso industrial, que tem grau de pureza inferior, no lugar de oxigênio medicinal. Sem saber das alterações, as prefeituras e instituições de saúde compravam acreditando que se tratava de oxigênio medicinal.

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Essa adulteração do produto, por meio do transvase entre cilindros, acontecia sem a autorização dos órgãos responsáveis, de forma artesanal e sem nenhum cuidado sanitário para evitar a contaminação do gás. Outra ilegalidade constatada foi em relação ao volume comercializado, com os compradores pagando por volumes maiores do que os efetivamente recebidos.

Por conta dessas adulterações, o grupo criminoso vencia inúmeras licitações, fornecendo o produto a preço muito inferior aos cobrados no mercado. Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões caso os contratos em vigor sejam cumpridos integralmente.