Abdoulaye Diop, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, afirmou ainda que a suspensão do comércio entre os Estados membros da CEDEAO e o Mali tem repercussões também em toda a região, situação que é agravada pelas medidas punitivas impostas contra a Rússia.
Depois de solicitar que o órgão sub-regional, composto por 15 Estados, ponha fim às represálias econômicas contra o Mali, o governante sustentou que, conforme estabelecido anteriormente, o período de transição para dar lugar a um governo civil durará 24 meses, até março de 2024.
Referiu ainda que, nesse período, os malianos têm a aspiração de que sejam realizadas neste território reformas em matéria de segurança, política e institucional.
Diop fez essas declarações depois que os países participantes neste fim de semana de uma Cúpula de Chefes de Estado e de Governo de Cedeão, realizada em Acra, Gana, decidiram como bloco manter as sanções contra o Mali.
De acordo com um parecer da entidade africana, tais disposições “serão levantadas gradualmente, à medida que forem cumpridos os pontos de referência da transição”.
Depois que as autoridades malianas não realizaram as eleições presidenciais planejadas em fevereiro passado, Cedeão impôs várias medidas, como fechar as fronteiras com países vizinhos, suspender o comércio dentro da área e cortar toda a ajuda financeira.
Nos últimos tempos, em estados africanos como Mali, Guiné Conakry e Burkina Faso, ocorreram motins militares que, na opinião de especialistas políticos, colocaram em risco a estabilidade desta região, atormentada pela presença de grupos islâmicos radicais.