A pecuária leiteira do Paraná pode alcançar novos mercados a partir da tecnologia, planejamento e sanidade. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (01) pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante evento alusivo ao Dia Mundial do Leite, realizado em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.
O evento, promovido pela Frimesa Cooperativa Central, em parceria com o jornalO Presente, discutiu os desafios e oportunidades do mercado de lácteos. Ortigara fez uma palestra sobre a importância do status sanitário das propriedades leiteiras do Paraná.
O Estado acaba de completar um ano do reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação . A certificação, garantida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), representa um passaporte para novos mercados de proteína animal.
Além de beneficiar a exportação de bovinos e suínos, o reconhecimento também auxilia os produtores de frango, peixe e outros produtos, como os lácteos, com vistas a atingir, entre outros, os mercados mexicano, sul-coreano e japonês, por exemplo.
“Vivemos o esforço de mostrar produtos inócuos, alimento seguro e com rastreabilidade, para fazer do leite uma cadeia vencedora no mercado mundial”, disse o secretário.
O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, falou sobre as ações para ampliar a produtividade, e explicou como essa cadeia depende de controle e rastreabilidade constantes. “São coisas que o mundo está pedindo e nós procuramos atender”, salientou.
INCENTIVO– A Frimesa é uma central de cooperativas formada pela Copacol, Lar, Primato, C. Vale e Copagril, cuja sede fica em Medianeira, no Oeste, e está entre as empresas paranaenses que investiram recentemente em expansão, entre outras razões, pela segurança do status sanitário do Paraná.
NÚMEROS– O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil. São produzidos, em média, 4,4 bilhões de litros ao ano, o que corresponde a 13,6% do volume nacional. O rebanho paranaense é de 9 milhões de bovinos, sendo 3 milhões de bovinos leiteiros. A posição no ranking se deve ao fato de o Estado ter algumas das regiões mais expressivas na produção brasileira, como é o caso do Oeste, Sudoeste e Campos Gerais.
PRESENÇAS– Também participaram do evento o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza; o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins; o chefe do Núcleo Regional da Seab em Toledo, Paulo Salesse; e o gerente da Mesorregião Oeste do IDR-Paraná, Ivan Raupp. O encontro foi transmitido ao vivo pelos canais do YouTube e Facebook do jornal O Presente.