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Com ampliação do monitoramento, Estado fortalece produção de ostras no Litoral

O Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), está estruturando e fortalecendo o Programa de Molusco Bivalves Seguros, q...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
30/05/2022 às 11h35
Com ampliação do monitoramento, Estado fortalece produção de ostras no Litoral
Foto: FDA Adapar

O Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), está estruturando e fortalecendo o Programa de Molusco Bivalves Seguros, que inclui as ostras produzidas no Litoral, particularmente nas baías de Paranaguá, Guaratuba e Guaraqueçaba.

O objetivo é garantir a boa qualidade higiênica e sanitária da produção e ajudar os produtores paranaenses a conseguir certificações que possibilitem oferecer um alimento cada vez mais seguro e ampliar a abrangência do mercado para outros estados.

A Adapar aproveitou a campanha de atualização de rebanhos no Paraná, em que todos os animais de produção precisam ser cadastrados, e incluiu também os aquáticos. Em 25 de maio, os fiscais de Defesa Agropecuária e Assistente de Fiscalização da Adapar, da Unidade Regional de Sanidade Agropecuária de Paranaguá, estiveram em Guaraqueçaba para a atualização de cadastro dos produtores de ostras das ilhas e regiões costeiras do município.

Segundo o gerente regional da Adapar em Paranaguá, médico veterinário Élio Creddo, este é um trabalho diferenciado, pois somente no Litoral há cultivo de ostras. “É um passo importante, principalmente por ser base para o início do Programa de Molusco Bivalves Seguros no Paraná”, afirmou.

O programa será responsável pelo monitoramento das ostras no Estado, informou o médico veterinário Claudio Sobezak, coordenador estadual do Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos. A primeira etapa, que está em andamento, é a atualização cadastral que possibilita identificar os produtores e os espaços que seus sítios ocupam. Paralelo a isso, haverá um trabalho de coleta de água e amostra de ostras, a cada 15 dias, com vistas a detectar eventuais contaminações microbiológicas e biotoxinas marinhas.

“As ostras são organismos filtradores, elas se alimentam de algas, que vêm acompanhadas de bactérias, por isso é possível detectar a presença e quantidades de coliformes nessas análises”, disse Sobezak.

O objetivo é ter também um acompanhamento das ocorrências de floração de algas. “Algumas produzem toxinas, que podem tornar as ostras impróprias para o consumo humano”, ponderou o coordenador do programa. “Por isso, o monitoramento que está em fase de implantação será essencial para garantir a qualidade e segurança destes alimentos”.

PRODUÇÃO– Atualmente, há cerca de 60 famílias vivendo da atividade de produção (ostreicultura). As ostras apresentam grande importância econômica para várias regiões litorâneas. Em 2020, seis municípios registraram produção de 167,2 mil dúzias. O Valor Bruto de Produção (VBP) dessa cultura foi de R$ 2,1 milhões. Elas são apreciadas em diversos pratos culinários e podem ser consumidas in natura.

As ostras são moluscos bivalves que se desenvolvem em águas marinhas dentro de conchas duplas de formatos irregulares. Elas se alimentam de plâncton, algas e outros microrganismos, por meio do processo de filtração da água e, em caso de contaminação do líquido, as ostras também podem ser temporariamente infectadas.

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