As forças de segurança frustraram o golpe contra o líder da junta militar, coronel Assimi Goita, desencadeado na noite de 11 para 12 de Maio.
“O Governo do Mali condena com o maior rigor este atentado indigno contra a segurança do Estado, cujo objectivo é impedir, ou mesmo aniquilar, os esforços substanciais de segurança do nosso país e o regresso a uma ordem constitucional, garante da paz e da estabilidade”, lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, divulgado quarta-feira (18).
A tentativa de golpe, com o intuito de “minar a segurança do Estado”, foi travada “graças à vigilância e segurança” das forças de segurança e ocorre no quadro das recentes tensões com a União Europeia para a redução do seu contingente militar no país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu ainda que os detidos serão colocados “à disposição da justiça” e anunciou o reforço dos controlos nas saídas de Bamaco e nos postos fronteiriços.
“O Governo garante que a situação está controlada e convida a população a acalmar-se”, acrescentou.
O Governo do Mali anunciou segunda-feira a sua saída do G5 Sahel e da sua força conjunta para combater o extremismo islâmico na região devido à recusa da organização em garantir-lhe a presidência devido à situação política no país após os dois golpes de Estado que colocaram e reforçaram os militares no poder, em Agosto de 2020 e em Maio de 2021, respectivamente.