A Comissão Parlamentar Mista para as Eleições Presidenciais, composta por 17 legisladores de ambas as casas do parlamento da Somália, anunciou a data, que cai dois dias antes do prazo fixado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o país continue a receber o seu apoio orçamental.
Os pleitos são finalmente possíveis após a conclusão das eleições parlamentares em meados de Abril e os oradores, tanto da Casa dos Povos (câmara baixa), como do Senado, foram escolhidos na semana passada.
Este foi um marco essencial para a realização das presidenciais – para as quais concorrem cerca de 20 candidatos – que foram adiadas desde 2021, em várias ocasiões, devido a disputas políticas, desacordos entre clãs e alegações de irregularidades, apesar do mandato de Farmaajo ter expirado em fevereiro desse ano.
Os 54 senadores da câmara alta e 275 deputados da câmara baixa devem eleger o chefe de Estado, de acordo com a lei somali.
O adiamento sistemático das eleições é uma distração dos problemas que o país enfrenta, tais como a luta contra o grupo terrorista Al-Shabab, que controla as zonas rurais do centro e do sul e que quer estabelecer um estado islâmico Wahhabi (ultraconservador).
A Somália tem estado numa situação de conflito e caos desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas.