Durante entrevista ao Valor, o vice-presidente Hamilton Mourão, recém-filiado ao Republicanos, que concorrerá a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul, questionou se não poderá usar mais viagra, se referindo à compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. As informações são do Valor.
Ao ser questionado pela reportagem o que ele vê sobre o noticiário da compra de Viagra pelas Forças Armadas e ele classificou a polêmica em torno do caso como “coisa de tabloide sensacionalista”.
“Isso é uma coisa de tabloide sensacionalista,” respondeu o vice.
Para Mourão, a repercussão das compras está sendo exagerada e defende as aquisições e argumenta que boa parte da verba utilizada sai de um fundo alimentado por descontos nos salários dos militares.
“Lógico que está havendo exagero. Mesmo que seja para o cara usar [para disfunção erétil]. Vamos colocar como funciona o sistema de saúde do Exército: um terço é recurso da União, que é o chamado fator de custo, é a contrapartida da União para os militares. E dois terços é o fundo de saúde que é bancado pela gente. Então, eu desconto 3% do meu salário para o fundo de saúde. E todos os procedimentos que eu faço a gente paga 20%, além dos 3% que ele desconta. Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo”.
Mourão durante a fala ainda fez graça com o assunto.
“Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada,” disse o Mourão.
A compra teve como justificativa oficial o uso da droga para casos de hipertensão arterial pulmonar. É uma doença grave, mais comum em mulheres, em que há casos de prescrição da droga em doses mais baixas do que as adquiridas e para uso em pacientes muito jovens.