O ex-primeiro-ministro do Paquistão entende que potências estrangeiras "sabotaram" o seu governo devido à política externa que não "aprovam".
Ele citou, em especial, os laços do Paquistão com a Rússia e a China, além da posição paquistanesa na ONU.
Imran Khan foi destituído do cargo de primeiro-ministro paquistanês por meio de um voto de desconfiança, informou a mídia local.
Os partidos da oposição culparam o governo de Khan pelo aumento da inflação, enquanto ele afirma que os líderes da oposição estavam tentando destituí-lo para manutenção de um esquema de corrupção.
Na última semana, o vice-presidente do parlamento do Paquistão rejeitou um voto de desconfiança em Khan, chamando-o de inconstitucional.
Pouco depois, o presidente,
por sugestão do então primeiro-ministro Khan, dissolveu o parlamento.
A decisão de
cancelar a moção de desconfiança e dissolver o parlamento causou descontentamento entre os partidos da oposição, que contestaram a decisão no tribunal.
Khan disse que os EUA o
ameaçaram e estavam buscando sua destituição do cargo antes da votação parlamentar.
Ele também disse que potências estrangeiras queriam expulsá-lo devido à sua visita à Rússia em 24 de fevereiro, quando Moscou lançou uma operação militar especial na Ucrânia.
Segundo ele, uma carta "ameaçadora" teria sido enviada a Islamabad através do enviado do Paquistão nos EUA, que ele disse ser “evidência" de uma "conspiração estrangeira" para derrubar seu governo e minar a "política externa independente" do Paquistão.