“O ataque ao comboio, meio de transporte seguro para muitos, é cruel e os nossos pensamentos estão com as famílias dos mortos e rezamos pelos feridos”, disse Buhari, antes de sublinhar que o sucedido “gera grande preocupação”.
Em consequência do ataque, o segundo do género, 25 pessoas foram sequestradas, segundo um balanço oficial.
“À semelhança da maioria dos nigerianos, estou profundamente triste com este ataque”, acrescentou o Presidente, que saudou a intervenção das forças de segurança pela resposta ao sucedido e os serviços de socorro pelos esforços em cuidar das vítimas.
Buhari sublinhou que “não se deve permitir que ninguém tenha o país sob ameaça” e disse ter ordenado o reforço do sistema de vigilância na linha ferroviária que liga Abuja e Kaduna, modelo que será alargado à ligação entre Lagos e Ibadan, noticiou o jornal nigeriano The Premium Times.
O comentário de Muhammadu Buhari foi feito depois de o comissário para a Segurança Interna e de Kaduna, Samuel Aruwan, ter anunciado que as autoridades recuperaram oito corpos na zona do ataque e confirmado 26 passageiros feridos.
“Desconhece-se o paradeiro de muitas pessoas, ao mesmo tempo que prosseguem as operações de busca”, disse Aruwan, antes de acrescentar que mais de 360 pessoas viajavam no comboio.
Inicialmente tinha sido anunciado que nas várias composições viajavam cerca de mil passageiros, além dos trabalhadores ferroviários e agentes de segurança.
A ligação ferroviária Abuja-Kaduna é considerada um meio de transporte mais seguro que as rodovias que ligam aquele estado ao resto do país.
Kaduna é palco há cerca de dois anos de ataques de grupos extremistas e grupos de crime organizado que aumentaram as suas ações violentas nos últimos meses.
O ataque ao comboio ocorreu poucos dias depois de um grupo de desconhecidos armados ter invadido o aeroporto de Kaduna, matando uma pessoa e impedindo a descolagem de um avião para Lagos, capital económica do país.
Os ataques na Nigéria, anteriormente focados no nordeste do país — onde o Boko Haram e a sua ramificação, o grupo Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA, na sigla em inglês) — estenderam-se nos últimos meses para outras áreas do norte e noroeste, fazendo soar os alarmes devido à possível expansão dessas redes extremistas e criminosas, muitas das quais vivem do sequestro de estudantes.