O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acatou a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro e deu uma liminar para que um interventor fosse nomeado para presidir a CBF. Isso ocorreu nesta quinta-feira (24) logo após a Assembleia Geral da confederação afastar Rogério Caboclo da presidência.
De acordo com a ação, ocorreu uma violação ao artigo 22 da Lei Pelé. Isto porque a votação que ocorreu em 2018 foi feita de forma irregular. O MP também pediu a anulação dessa eleição.
“Em vez de ciar um mecanismo que podia quebrar a hegemonia do grupo político que vinha conduzindo a CBF nos últimos 50 anos, o objetivo do legislador acabou criando mais dificuldade ainda pra quebrar essa hegemonia”, afirmou o promotor Rodrigo Terra.
O caso já teve algumas reviravoltas. Na primeira instância, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro, fossem os interventores da CBF.
Porém, uma liminar da 2ª instância derrubou a ordem. Por isso o episódio acabou indo parar no STJ.
O presidente interino da confederação deve ser Dino Gentile. Porém, não há um consenso sobre o tema. Vale destacar que o órgão ainda não recebeu nenhuma notificação do tribunal. Isso significa que ela seguirá o rito de uma nova eleição.