Na França, milhares de caminhões e manifestantes se preparam para "invadir" Paris em protesto contras as políticas para conter a COVID-19, como a vacinação e o passaporte sanitário.
Assim como no Canadá, os caminhoneiros franceses contestam também o aumento do preço dos combustíveis, a
alta das tarifas de gás e eletricidade e, de forma mais ampla, a queda do poder aquisitivo.
Uma particularidade do "Freedom Convoy" francês é que os participantes vêm de todos os lados do tabuleiro político,
escreve a Rádio França Internacional.
Há desde militantes de esquerda até membros da extrema direita. Além disso, alguns dos organizadores são os mesmos que, em 2018, participaram da mobilização dos "coletes amarelos".
Para conter as manifestações, o presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu bloquear as entradas da capital neste sábado (12).
Veículos blindados chegam a Paris em preparação para a chegada do "Convoy Freedom" francês.
As forças de ordem instalaram barricadas de concreto nos arredores da Champs-Elysées, temendo que os
caminhões invadam a avenida mais famosa da França.
Mais de 7.000 policiais foram mobilizados para pedágios e outros locais importantes para tentar impedir um bloqueio. Os manifestantes foram avisados sobre multas pesadas e outras punições se desafiarem a proibição.
A polícia francesa construiu barricadas na tentativa de bloquear a Champs-Elysées e outras ruas ao redor do palácio presidencial, enquanto um comboio de caminhões que protesta contra a política da COVID-19 deve tentar entrar em Paris.
Veículos blindados e até
tanques de guerra foram vistos em vários locais da capital francesa, algo que não acontecia desde 2018, no auge do movimento dos "coletes amarelos".
O porta-voz do governo, Gabriel Attal, disse nesta sexta-feira (11) que existe o risco de uma instrumentalização dos protestos por rivais de Macron, que usar a mobilização dos caminhoneiros para criticar o chefe de Estado.