A coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita anunciou na noite de segunda-feira (17) que começou a bombardear a capital iemenita Sanaa, em resposta aos ataques realizados pela oposição militar houthi no território dos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com um comunicado da coalizão, os ataques aéreos começaram "em resposta à ameaça e à necessidade militar". O ataque, segundo a coalizão, teve como alvo "líderes terroristas".
"A força aérea da coalizão está realizando uma operação ininterrupta nos céus de Sanaa", diz o comunicado. "Pedimos aos civis que fiquem longe dos acampamentos militares e das reuniões houthis para sua segurança".
A Sky News Arabia
relatou que os ataques de aeronaves F-15 destruíram "dois lançadores de mísseis balísticos que foram usados nesta segunda-feira (17) para atingir o território dos Emirados Árabes Unidos".
Al-Masirah, um canal de TV iemenita, de propriedade dos militantes houthis, informou que quatro pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas como resultado dos ataques da coalizão. Mais cedo, de acordo com
informações da WAM, a polícia de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, informou que os
três caminhões de transporte de petróleo explodiram na zona industrial de Musaffah. O grupo houthi assumiu os dois ataques, sendo que três pessoas morreram e seis ficaram feridas, de acordo com informação divulgada pelas autoridades locais.
A Arábia Saudita e outros países do golfo Pérsico invadiram o Iêmen em
2015 depois que os
houthis tomaram o poder em Sanaa. A coalizão foi criada com o objetivo de recolocar no poder o presidente deposto Abd Rabbuh Mansur Hadi, mas a campanha de mais de seis anos
não conseguiu expulsar os militantes das áreas que ocuparam.
Os lados negociaram vários cessar-fogos em 2018 e 2020, mas o conflito recomeçou em 2021.