EUA não queriam missão de paz da CSTO, mas sim desestabilização no Cazaquistão
De acordo com o presidente da Duma de Estado (Parlamento) da Rússia, Vyacheslav Volodin, os EUA não queriam a presença da missão de paz da CSTO no Cazaquistão, mas sim a continuação da desestabilização do país.
"Da parte de Washington, escutamos a declaração de que ele necessita de explicação dos líderes do Cazaquistão por que pediram ajuda à CSTO. A administração dos EUA não queria a missão de paz da CSTO, mas sim que a situação de desestabilização no território do Cazaquistão se mantivesse", afirmou.
Os protestos em massa contra o aumento dos preços dos combustíveis no Cazaquistão começaram no início de 2022. Desencadeadas nas cidades de Aktau e Zhanaozen, as manifestações alastraram para Almaty, antiga capital do país, onde os protestantes invadiram instituições públicas.
Em resposta, as autoridades introduziram o estado de emergência em todo o país até 19 de janeiro e iniciaram uma operação antiterrorista. Segundo os dados da ONU, cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas em decorrência dos protestos. De acordo com os dados do Ministério do Interior do Cazaquistão, morreram 16 agentes das forças de segurança.
Em 5 de janeiro, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, demitiu o governo e assumiu a presidência do Conselho de Segurança do país, solicitando assistência militar à Organização do Tratado de Segurança Coletiva, da qual faz parte. As Forças de Paz da CSTO foram enviadas ao país por tempo limitado.