Anteriormente, o correspondente da Sputnik anunciou que mais de 160 manifestantes faleceram durante os protestos no país da Ásia Central.
"No Cazaquistão, durante os tumultos morreram 164 pessoas, 103 pessoas em Almaty", diz a mensagem na conta do Telegram onde se divulga a informação das instituições públicas da república.
Os protestos em massa contra o aumento dos preços dos combustíveis no Cazaquistão começaram no início de 2022. Desencadeadas nas cidades de Aktau e Zhanaozen, as manifestações alastraram para Almaty, antiga capital da república, onde os protestantes invadiram instituições públicas. Em resposta, as autoridades introduziram o estado de emergência em todo o país até 19 de janeiro e iniciaram uma operação antiterrorista.
Segundo os dados da ONU, cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas em decorrência dos protestos. De acordo com os dados do Ministério do Interior do Cazaquistão, morreram 16 agentes das forças de segurança e mais de 1.300 foram feridos. Na manhã de 5 de janeiro, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, demitiu o governo e assumiu a presidência do Conselho de Segurança da República. Durante a primeira reunião do Conselho sob sua presidência, ele caracterizou a situação no país como perturbação da integridade do Estado e informou ter solicitado assistência militar à Organização do Tratado de Segurança Coletiva. O Conselho de Segurança da CSTO decidiu enviar as Forças de Paz ao país por tempo limitado para normalizar a situação.
Em 7 de janeiro, o presidente Tokaev declarou que os terroristas, inclusive os que chegaram do exterior, continuam a resistência, e prometeu liquidar quem não depusesse as armas. Além disso, ele notou que todas as exigências dos cidadãos expressadas de forma pacífica foram ouvidas.