Cidades Crise hídrica
Ubiratã decreta calamidade hídrica
A medida, devido à seca, vale por 180 dias
04/01/2022 17h00 Atualizada há 3 anos
Por: Redação Fonte: https://www.bocasanta.com.br/index.php?p=YWxyb3RsaXMvbWlyb3RhaUB6aHo6666YWQ9Njk0NTI4Jmx1bW90ZV9vZGFjaWU9MjkyNw

Nesta segunda-feira, dia 3, a Prefeitura de Ubiratã, através do Decreto Municipal nº 01/2022, decretou situação de Calamidade Hídrica em toda extensão do territorial do município de Ubiratã. Esse decreto está de acordo com a Lei Orgânica Municipal e pelo Inciso IV do artigo 8º da Lei Federal 12.608, de 10 de abril de 2012.

O documento terá validade de 180 dias, a partir de sua data de publicação.

“A água é um recurso natural muito importante para a vida humana. Sem água não há vida. É meu dever enquanto prefeito zelar pelo bem-estar da população. Conversei com a equipe técnica da prefeitura e diante das adversidades climáticas, não há outra saída”, argumenta o prefeito de Ubiratã, Fabio Dalécio.

De acordo com o documento, a crise hídrica que enfrentamos em decorrência da estiagem prolongada superior a três anos e o nível de chuva recebido nos últimos anos foi abaixo do normal, causando prejuízos significativos na produção de grãos – soja e milho – e também na pecuária, produção de frango, leite e peixes. Ainda de acordo com o decreto tal situação pode acarretar um colapso no abastecimento de água potável.

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Um dos objetivos da decretação de estado de calamidade busca permitir que os produtores que somam perdas consideráveis com a produção agropecuária consigam renegociar suas dívidas, uma vez que os investimentos nas atividades do agro são vultosos. “Os agricultores vão honrar seus compromissos e para isso precisam de apoio para renegociar seus débitos e seguir produzindo”, destaca o prefeito.

De acordo com informações levantadas junto a equipe técnica da Cooperativa Integrada, atualmente a quebra na lavoura de soja 2021/2022 varia de 45 a 55%, ficando uma produtividade em torno de 70 a 75 sacos por alqueire. “Se definirmos que a área plantada de Ubiratã é 54.000 hectares, avaliamos uma perda de 300 milhões de reais”, frisa o gerente da cooperativa no município, Adilson Hanser.