Durante evento virtual nesta quarta-feira (08), a Japan Tobacco International (JTI) divulgou os vencedores da 6ª edição do Prêmio Jovem Empreendedor Rural, que incentiva jovens a desenvolverem projetos voltados para atividades agrícolas. Os melhores ganham prêmios em dinheiro para que possam ser implementados como um incentivo à sucessão rural.
Neste ano, além de concorrerem estudantes da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC), Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL) e Instituto Crescer Legal (ICL) também foi incluída a Casa Familiar Rural (CFR) de São Mateus do Sul/PR, expandindo o programa e criando oportunidades para que jovens de outras regiões participem.
O objetivo da iniciativa é apoiar os egressos dessas instituições de ensino para que executem projetos desenvolvidos no decorrer da formação/curso, premiando em espécie aqueles que estejam alinhados a atividades empreendedoras de produção vegetal, animal, e que possam impactar positivamente as famílias e comunidades dos jovens, incluindo a geração de renda.
Ao todo, foram 14 projetos premiados, sendo 13 na categoria individual, com valores de R$ 4 mil, e um na categoria comunitária associativa, no valor de R$ 6 mil. Com a ajuda financeira dos prêmios é possível investir ou realizar melhorias nos projetos já existentes.
Escolhidos por uma banca da JTI, alguns requisitos foram avaliados: viabilidade, relevância, inovação, sustentabilidade e possibilidade de replicação dos trabalhos. “Pensamos na sustentabilidade do setor como um todo e essa conexão das escolas com os jovens é muito forte, pois mesmo após formados, os egressos continuam realizando encontros para compartilhar suas experiências”, explica Marinês Kittel, supervisora de projetos sociais da JTI.
Família empreendedora
Dentre esses projetos, a propriedade Lawish, localizada em Boa Vista, distrito de Santa Cruz do Sul (RS), foi uma das contempladas na categoria comunitária associativa. Há 30 anos, a família produz melado na propriedade, trabalho que já está na terceira geração.
“O meu avô paterno, Francisco Lawish, começou a produzir melado para consumo próprio e, há cerca de 15 anos, os meus pais, Renato e Neli, assumiram a produção. Desde então venho aprendendo muito com eles e me interessando cada vez mais por essa atividade”, afirma o jovem Juliano Lawish, que apresentou o projeto durante a premiação.
A EFASC proporcionou a participação de Juliano na feira pedagógica e após se formar, junto a alguns estudantes, foi criado o grupo Feira Jovem, que abriu as portas para comercializar o que vinha sendo produzido na propriedade. “A EFASC não tinha produção de melado, porém aprendi novas técnicas para cultivo da cana e começamos a fazer rapadura e puxa-puxa para vender”.
Com o valor do prêmio, será possível adquirir um batedor de melado, um equipamento essencial utilizado nas agroindústrias do setor. Juliano explica que após o cozimento do caldo da cana de açúcar, é preciso trabalhar com uma espátula até esfriar e se tornar de cor mais clara.
“Atualmente esse processo leva cerca de 45 minutos. É bastante cansativo. Com a aquisição do batedor de melado, irá facilitar e agilizar o processo, além de dar mais qualidade. Além disso, com a balança eletrônica a pesagem será mais precisa na hora da comercialização”, comemora.
Marinês reforça ainda que, mesmo com a consolidação do programa, o engajamento e a parceria da coordenação e gerência das escolas é fundamental para auxiliar na divulgação e incentivo, criando assim cada vez mais adesão entre os alunos e consequentemente fazendo com que mais projetos se tornem realidade e o programa se mantenha vivo.