O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) obteve uma maioria expressiva nas eleições regionais disputadas no domingo (21), ganhando 90,21% dos votos,
anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país.
O PSUV venceu em 20 dos 23 estados, com a oposição ganhando apenas nos estados de Cojedes, Nueva Esparta e Zulia. Participaram da votação 8.151.973 cidadãos venezuelanos, ou 41,8% dos eleitores inscritos.
Os votantes assinalaram a rapidez da votação, não havendo grandes filas às portas das escolas que acolheram a votação, algo que ocorreu em eleições antes de 2015. Esse fato foi notado por Pedro Calzadilla, presidente do CNE.
"A jornada decorreu com tranquilidade, sem acontecimentos de nota que diminuíssem a vitalidade e a força deste processo eleitoral", comunicou.
Apesar de tudo, alguns eleitores denunciaram demoras na abertura dos centros de votação, algo que Calzadilla disse serem "irregularidades menores", tendo em conta a participação de 70.000 candidatos nas eleições.
"Eu o resumo de maneira simples em um agradecimento enorme ao povo bolivariano da Venezuela por nos entregar esta vitória, por nos entregar esta força e este poder, que é a força e o poder do povo humilde", comentou Nicolás Maduro, presidente do país, que exortou à paz e ao diálogo, a trabalhar em conjunto.
"Faço o mesmo apelo aos governadores, governadoras, prefeitos e prefeitas do Grande Polo Patriótico [coalizão de partidos que apoia Maduro], vamos trabalhar com diálogo, com entendimento, com boa vontade, com boa fé [...] para nos reunirmos e fazer planos conjuntos", exortou.
Na opinião de Maduro, "
só pela via do diálogo é possível avançar". Ele prometeu que o governo tentará recuperar a motivação dos venezuelanos para participar dos pleitos.
"Há que continuar recuperando o voto como direito, poder e exercício permanente. Há muitas tarefas pela frente a fim de recuperar a motivação de todos os venezuelanos para votar, para que o país tome o caminho certo, rumo à recuperação", segundo o chefe do Executivo da Venezuela.
Trata-se da primeira vez desde 2006 que as eleições na Venezuela contaram com observadores da União Europeia (UE), bem como da ONU e do Centro Carter.