O contrato foi emitido pelo Serviço de Capacidades Rápidas e Tecnologias Críticas do Exército dos EUA (RCCTO, na sigla em inglês).
O Exército pede a criação de um laser de estado sólido de 300 quilowatts. Se for desenvolvido com êxito, a arma será suficientemente potente para destruir uma série de alvos, desde pequenos drones a mísseis.
Formalmente, o laser se chama "Sistema de Armas Laser de Alta Energia e Ganho Distribuído". Ao focar um poderoso feixe de luz em um objeto, o laser pode queimá-lo, caso haja tempo e potência suficientes. O contrato visa entregar um protótipo poderoso e compacto desta arma, escreve portal Popular Science.
A empresa General Atomics vai desenvolver o laser, já a Boeing incorporará ferramentas e software de localização e rastreamento que permitem ao laser encontrar e manter o foco em um alvo em movimento. Esta parte é essencial para evitar que o laser perca foco antes que o alvo seja destruído.
"Um sistema de armas laser de alta energia de 300 kW permite combater com sucesso uma grande variedade de ameaças, desde mísseis de cruzeiro, aeronaves tripuladas a aeronaves não tripuladas, foguetes e artilharia", disse Michael Perry, vice-presidente de lasers e sensores avançados da General Atomics.
Um sistema de laser de 300 kW representaria um enorme salto em frente na tecnologia, e é considerado necessário para acompanhar os sistemas de mísseis hipersônicos que estão em rápido desenvolvimento na China.
O general John Hyten, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA disse que a China conduziu centenas de testes de mísseis hipersônicos.
Cientistas do governo norte-americano afirmaram que estes mísseis "desafiam as leis da física" e têm a capacidade de escapar dos sistemas de defesa de mísseis dos EUA.
O desenvolvimento de um laser de 300 kW visa a defesa contra as ameaças que esses mísseis representam.