No mês passado, o submarino de propulsão nuclear USS Connecticut da Marinha dos EUA colidiu com um objeto não identificado enquanto estava em águas internacionais no mar do Sul da China, levando Pequim a expressar preocupações sobre um "vazamento nuclear".
O think tank Iniciativa de Sondagem da Situação Estratégica no Mar do Sul da China divulgou imagens de satélite para informar sobre cinco aviões de reconhecimento dos Estados Unidos, intuindo um WC-135, que estavam operando na área no fim de semana.
A missão principal do Boeing WC-135 Constant Phoenix, apelidado de "farejador nuclear", é coletar amostras atmosféricas para detectar e identificar detritos radioativos de explosões nucleares.
"É raro que um WC-135 venha para a região do mar do Sul da China. Sua última atividade na região remonta a janeiro de 2020", afirmou o think tank, citado pelo South China Morning Post.
O WC-135 estava acompanhado por um avião E-8C Joint STARS, dois aviões de patrulha marítima P-8A e uma aeronave de reconhecimento e guerra eletrônica EP-3E, segundo as imagens de satélite divulgadas pelo think tank.
O analista militar Ridzwan Rahmat disse que a implantação do WC-135 poderia ser uma tentativa de examinar a atmosfera para procurar qualquer material radioativo.
"Pode ter sido uma medida de precaução dos EUA para saber se houve algum vazamento de materiais radioativos após a colisão", afirmou Rahmat, citado pelo South China Morning Post.
O comentarista militar Song Zhongping também acredita que a missão norte-americana poderia ter o objetivo de examinar um possível vazamento nuclear após a colisão do submarino.
No entanto, ele sublinhou que pode haver outra explicação. "Talvez os EUA estejam preocupados com que a China tenha conduzido alguns testes nucleares subaquáticos e Washington enviou um avião aqui para confirmar."
Na segunda-feira (1º), a 7ª Frota dos EUA informou que o USS Connecticut colidiu no dia 2 de outubro contra um monte subaquático desconhecido quando cumpria uma missão no mar do Sul da China.