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No mês dos professores, Olimpíada de Língua Portuguesa divulga projetos semifinalistas da edição 2021

Neste ano, participaram da Olimpíada mais de 59 mil professoras e professores de 3.877 municípios de todos os estados

Redação
Por: Redação
26/10/2021 às 19h43
No mês dos professores, Olimpíada de Língua Portuguesa divulga projetos semifinalistas da edição 2021
Divulgação

No mês do professor, a Olimpíada de Língua Portuguesa divulga os 209 projetos semifinalistas desta 7ª edição, desenvolvidos pelos docentes com os alunos de escolas públicas de todo o país. Os Relatos de Prática, juntamente com a Linha do Tempo e o Álbum da Turma, apresentam as experiências vivenciadas em sala de aula durante o trabalho de produção textual de um dos gêneros propostos: poema (5º ano), memórias literárias (6º e 7º), crônica (8º e 9º), documentário (1ª e 2ª séries do Ensino Médio) e artigo de opinião (3ª série do Ensino Médio).

Este ano, a Olimpíada de Língua Portuguesa recebeu a adesão de 69,6% dos municípios brasileiros – um total de 3.877 cidades, de todos os estados. Foram 112.510 inscrições nas cinco categorias. Ao todo, participaram 59.008 professoras e professores (que puderam se inscrever em mais de uma categoria) de 27.847 escolas. 

“O concurso traz um novo formato em 2021, com foco na valorização da prática e do trabalho desenvolvido pelos docentes e no reconhecimento de produções realizadas por todos os alunos, de forma coletiva. Incentivamos a multiplicidade de formatos de mídia que exemplificam a relação professor-aluno, como fotografias, vídeos, áudios e produções textuais desenvolvidas pelos estudantes e os resultados obtidos”, explica Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social, instituição que realiza a Olimpíada. 

Os relatos de prática contam estas experiências, descrevendo as estratégias, soluções, alternativas e inovações encontradas pelos professores para executarem as atividades em meio à pandemia com suas turmas, garantindo assim a continuidade do processo de aprendizagem com os alunos. 

Pontapé da semifinal

A semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa começou no dia 13 de outubro promovendo atividades e encontros virtuais entre docentes e suas turmas. Apesar da diferença entre as realidades dos diversos estados do país, a grande maioria dos docentes se identificou com as histórias e desafios do ensino remoto.

“As professoras e professores contaram sobre as dificuldades de trabalhar remotamente, conciliando as atividades profissionais e domésticas. Ficaram muito emocionados e felizes ao ver que, apesar de tudo, seus relatos chegaram à etapa semifinal, valorizando os esforços que permitiram mobilizar aos estudantes desenvolverem bons textos”, conta Teresa Magalhães, formadora de professores no gênero Crônica, durante o encontro de semifinalistas da sétima edição.

Com a pandemia, os desafios de acesso às aulas remotas se multiplicaram na Escola Estadual da Vila Novo Horizonte, localizada na zona rural de Montalvânia, município no norte do estado de Minas Gerais. “Este ano, a Olimpíada chegou neste contexto. Ficamos angustiados, sem saber o que fazer. Como trabalhar as atividades do programa de forma impressa, sem ter retorno do aluno? Estudei os Cadernos Docentes para entender as atividades, seus objetivos e poder fazer as adaptações para a realidade dos nossos alunos”, conta a professora Rosileni Muniz da Silva.

Para os 10% dos estudantes que conseguiam acessar a internet, Rosileni criou um grupo em um aplicativo de mensagem, por onde enviava textos, áudios e vídeos. Para os demais, as soluções precisaram ser mais criativas. “Enviamos bilhetes com mensagens motivadoras e orientadoras, textos, guia de como fazer as atividades impressas”, cita.

Em outro contexto, a Escola Municipal Professora Francisca Góes dos Santos, da comunidade São Francisco, em Careiro da Várzea (AM), também se uniu para ajudar os estudantes com dificuldades de acesso à internet a participarem das atividades. A professora Nancy Socorro de Miranda Cunha  que vai remando até a escola na época da cheia do rio Amazonas  explica que a unidade possui apenas um computador com roteador de internet, que suporta no máximo seis aparelhos. Para que os alunos pudessem ter acesso remoto às atividades, o equipamento saía da secretaria da escola e ia para as salas de aula. As professoras e diretora ainda chegaram a emprestar seus celulares, carregadores e fones de ouvido.

Vencendo os desafios, esta é a quarta vez consecutiva que a unidade chega à etapa semifinal da Olimpíada. “É um povo que se ajuda e que luta. E a gente se mantém resistindo em morar aqui porque é um lugar lindo, que tem muitas belezas naturais, muitas árvores, frutas e peixes”, ressalta a professora.

Durante o ensino remoto, outro exemplo de estratégia pedagógica foi a do professor Jucinei Rocha dos Santos, de Monte Azul Paulista (SP), que lançou mão do humor para engajar os alunos. Ele pediu para que seus estudantes escrevessem histórias de situações engraçadas ou “micos” pelos quais passaram. “Começamos com um pequeno relato e quando vimos eles já estavam fazendo crônicas sobre a região, com denúncia social”, comemora o professor.

Próximas etapas

Para chegar até à semifinal, os trabalhos dos docentes foram avaliados por Comissões Julgadoras Escolares, Municipais e Estaduais. A fase semifinal acontece até o dia 12 de novembro. Os encontros serão virtuais  em razão da pandemia  e promoverão uma série de atividades culturais e formativas para professores e suas turmas. Cada encontro terá duração de quatro dias, sendo o período da manhã dedicado aos docentes e o da tarde aos estudantes.

“Em 2021, tivemos grandes mudanças, como trazer o foco para a prática dos professores; premiar a turma toda e não apenas um estudante; e reservar 50% das vagas, a partir da etapa semifinal, para as escolas que estão em territórios mais vulneráveis”, explica a coordenadora de Implementação Regional do Itaú Social, Claudia Petri. Segundo ela, a reserva de vagas tem como objetivo “oferecer oportunidade de aprendizado, troca e formação às escolas e estudantes a partir de um grupo mais diverso, contribuindo para a ampliação dos olhares e para a construção de uma nova realidade educacional para o Brasil, com mais equidade e oportunidades”. 

Após os encontros, serão selecionados os 80 professores finalistas. Em dezembro, serão conhecidos os 20 vencedores nacionais. As comissões julgadoras são compostas por pais, membros da comunidade, especialistas acadêmicos, representantes das instituições parceiras, do Ministério da Educação e do Itaú Social.

Entre as premiações estão notebooks para os professores e tablets para os estudantes. As escolas dos vencedores também receberão acervos de livros para a biblioteca.

A Olimpíada de Língua Portuguesa é uma iniciativa do Itaú Social em parceria com o MEC (Ministério da Educação), Fundação Roberto Marinho, Canal Futura, Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e Consed (Conselho Nacional de Secretários da Educação), sob a coordenação técnica do Cenpec Educação (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).

 

A lista completa dos semifinalistas está disponível no link (clique aqui).

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